06-12-2007 19:46:15
Nova Iorque, 06 Dez (Lusa) - O Timor Leste se "recuperou bem da violenta crise" em que mergulhou em 2006, mas persistem ainda "desafios enormes a vencer", disse em Nova Iorque o chefe da missão enviada pelo Conselho de Segurança da ONU ao país asiático.
O embaixador da África do Sul, Dumisani Kumalo, liderou uma delegação com diplomatas da China, Congo, Indonésia, Rússia, Eslováquia e EUA, que entre 24 de novembro e 1º de dezembro visitou o Timor Leste para avaliar a situação local, a quatro meses do encerramento da atual missão das Nações Unidas.
"Os desafios da governança e o legado da violenta crise de 2006 e as suas conseqüências continuam a assombrar a liderança política do país e a afetar o povo timorense", afirmou o embaixador sul-africano na sua intervenção perante o Conselho de Segurança, citado em comunicado pela ONU na internet.
Durante a visita ao Timor Leste, a delegação das Nações Unidas contatou líderes timorenses, membros do governo e da oposição.
Panorama
Segundo Dumisani Kumalo, a situação de segurança no país asiático permanece calma e estável, embora frágil, devido às diferenças políticas entre os líderes timorenses, como na resolução da atual crise, a que se juntam o desemprego galopante e a pobreza.
A manutenção de cerca 100 mil desalojados distribuídos por 53 campos de acolhimento, majoritariamente instalados na capital Díli, também foi citada diplomata sul-africano como um dos desafios a vencer.
"A curto prazo, é crucial que o governo do Timor Leste, com o apoio das Nações Unidas e a comunidade internacional, trabalhe em conjunto para melhorar as condições de vida dos desalojados", afirmou.
"Apesar destes desafios, a delegação deixou o Timor Leste convencida que o país está na via para voltar a ser um país estável, pacífico e unido", disse Dumisani Kumalo.
O secretário-geral da ONU, Ban ki-Moon, visita o país asiático nos próximos dias 14 e 15, no âmbito da sua viagem ao continente asiático, tendo previsto encontros com os líderes políticos timorenses e uma intervenção perante o Parlamento, além de visitas a campos de refugiados.
Sem comentários:
Enviar um comentário