"Público: O inglês poderá vir a ser uma das vossas línguas oficiais, a par do tétum e do português?
Ramos-Horta: O inglês e o bahasa indonésio são duas línguas de trabalho estipuladas na Constituição. Temos que investir mais no seu ensino.
Elevar o seu estatuto para línguas oficiais? Não descarto esta possibilidade, mas careceria de um parecer de linguistas e pedagogos, de muito debate, para pesarmos todas as vantagens e desvantagens de tal opção."
Público - 2 Novembro 2007
Com efeito, desta vez João Cravinho não pode alegar desconhecimento...
ResponderEliminarVejamos o que diz o artº 159 da CRDTL:
"A língua indonésia e a inglesa são línguas de trabalho em uso na administração pública a par das línguas oficiais, enquanto tal se mostrar necessário."
RH esquece-se sempre de referir que essas línguas serão usadas apenas na ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, enquanto tal se mostrar necessário.
Portanto, a tendência lógica é essas línguas serem cada vez menos necessárias e não o contrário, como deseja RH.
Para além disso, a CRDTL é bem clara quanto às línguas oficiais. Não há qualquer relação entre o supra-citado artº 159 e o artº 13, que estipula quais são as línguas oficiais e nacionais.
Finalmente, a alteração do artº 13 só é possível no âmbito de uma revisão constitucional, por maioria de 2/3.
Sobre este último parágrafo, não sei a quem RH se refere, quando diz, no plural: "para pesarmos todas as vantagens..." - é que até agora ele foi o único que tem batido obsessivamente nesta tecla das línguas (malaio-)indonésia e inglesa.
Claro que é mais fácil defender demagogicamente a adopção essas duas línguas do que a penosa tarefa de reintroduzir o Português e desenvolver o Tétum - o Instituto Nacional de Linguística, que vinha fazendo um heróico trabalho em prol do Tétum, cessou praticamente funções há um ano e nem chegou a conseguir publicar um dicionário bilingue Português-Tétum, ferramenta fundamental para se trabalhar nas escolas timorenses com ambas as línguas oficiais.
Talvez a queda de RH pelo "bahasa" venha do tempo em que frequentava o bairro do Farol, onde teria tido as primeiras lições com a filha do cônsul Elias Tomodok...
Mas já que RH gosta tanto desta língua, podia começar por aprendê-la de uma vez por todas, sob pena de cair em total descrédito por não praticar aquilo que defende para os outros.
o que vai o sr. ramos horta fazer a Portugal???
ResponderEliminarNão o deviam era deixar entrar e considerá-lo "persona non grata"!!!!