Jornal Nacional Semanário - 10 de Novembro de 2007
Membro do Parlamento Nacional, da bancada Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente (FRETILIN), Arsénio Paixão Bano afirmou que foi um grande erro cometido pelo Governo, perante o povo de Timor-Leste, o facto dos funcionários receberem o subsídio de arroz do Governo. Muitos pobres não recebem arroz, enquanto que os funcionários que usufruem do seu vencimento recebem também arroz.
Arsénio Paixão Bano falou sobre esta questão, recentemente no Parlamento Nacional.
O deputado considera este assunto escandaloso porque o Governo está a cometer um erro perante o povo. Em vez de dar prioridade às dificuldades sentidas pelo povo, deu aos funcionários que usufruem do seu vencimento. Estes ao terem um vencimento podem comprar o arroz no produtor local ou nas lojas.
“Deste modo, digo que é uma enorme distorção para o mercado do arroz, porque sabemos que muitos empresários vendedores de arroz, neste momento estão a perder os seus clientes que normalmente compram o arroz. Penso que é um grande escândalo o que o actual Governo está a fazer perante o nosso povo”, salientou Arsénio Bano.
O ex-Ministro da Solidariedade acrescentou que o arroz distribuído pelo Governo aos funcionários é comprado com o orçamento transitório ou do arroz de reserva preparado pelo Governo anterior, para atender a necessidade das populações ou dos refugiados, a fim de normalizar o mercado do arroz e resolver alguma situação de emergência.
“Contudo, lamento que o Governo use o arroz de reserva porque se houver alguma crise de arroz no Suai ou em Ermera como é que o Governo resolverá a situação? Neste momento muitos deslocados ainda não recebem arroz, no entanto, o Governo está mais preocupado com os funcionários. Qual é a política do Governo neste momento?”, questionou Arsénio.
O membro do Parlamento acrescenta ainda que da sua parte espera que o Governo AMP possa apresentar aos deputados como representantes do povo e ao público em geral alguma explicação clara sobre o subsídio de arroz atribuído aos funcionários.
Sem comentários:
Enviar um comentário