Senhor Director do Público
Agradecia a publicação desta minha carta no seu jornal:
“O actual Governo fez mais em nove meses do que o anterior em cinco anos” é o enganador ante-título do artigo de Rui Graça Feijó publicado na edição de hoje, 14 de Novembro no Público.
Enganador a vários títulos: primeiro porque o actual Governo está no poder há uns meros três meses, depois porque o “anterior” governo esteve cerca de um ano no poder e antes desse esteve o I Governo Constitucional durante quatro anos. E quer este Governo (o de Xanana) quer o anterior (o do Ramos Horta) nada consta terem feito de palpável pois nem sequer foram capazes de resolver o problema da população deslocada pela violência de Maio de 2006.
E se este é o primeiro erro de Rui Graça Feijó não é contudo o único. Pelo contrário. Diz ele que Ramos Horta deixa “um país que foi capaz de se reorganizar democraticamente para combater a crise e as raízes”.
Ora em despacho emitido em Dili, em 9 de Novembro de 2007, diz o Juiz de Direito do Tribunal do Distrito de Díli, Ivo Nelson de Caires Batista Rosa, que “verifica-se uma manifesta interferência no poder Judicial por parte doutro órgão de soberania do Estado, ou seja, o Senhor Presidente da República (…) e um total incumprimento, por parte das Forças Australianas, do acordo celebrado com Timor-Leste, bem como um manifesto desrespeito, por parte da UNPOL, das decisões judiciais.
A decisão ilegal emanada do Senhor Presidente da República, a atitude revelada, quer pelas forças australianas, quer pela UNPOL, com a complacência da Nações Unidas, coloca em causa a independência do poder judicial, contribuem para o não regular funcionamento das instituições democráticas e comprometem a implementação de um Estado de Direito de Democrático em Timor-Leste.”
(http://timor-online.blogspot.com/2007/11/para-que-no-hajam-ainda-dvidas.html)
Penso que este veredicto é o maior desmentido das afirmações de Rui Graça Feijó que no seu afã de propagandear as virtudes democráticas do actual e anterior Presidente da República de Timor Leste lançou mão dum parecer de Pedro Bacelar de Vasconcelos, esquecendo-se porém de informar os leitores do Público que ambos – Rui Graça Feijó e Pedro Bacelar de Vasconcelos - foram assessores do então PR de Timor-Leste Xanana Gusmão até meados de 2006.
Margarida.
(texto do e-mail enviado há algumas horas ao Director do Público)
APELO
ResponderEliminarVAMOS FAZER DEZEMBRO O MES DE EMPREGO.
A TODOS OS EMPRESARIOS EM TIMOR, TIMORENSES OU ESTRANGEIROS, GOSTARIA QUE TOMASSEM A INICIATIVA DE EMPREGAREM UM TIMORENSE POR DIA POR EMPRESARIO.
ACHO UMA BOA IDEIA. ESTOU A FICAR FARTO DE LAMURIAS E PARLAPIE BARATO.
UM ABRACO
MAU DICK
Excelente desafio, este do colega Mau Dick.
ResponderEliminarJá várias vezes pensei nisso: sensibilizar os empresários para empregarem timorenses.
Isto poderia ser feito também em Portugal, que assim poderia ser uma alternativa aos tradicionais destinos da emigração timorense - Grã-Bretanha e Irlanda.
Excelente carta, Margarida.
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