Jornal Nacional Semanário/TVTL - 17 de Novembro de 2007
O ex-comandante da Polícia Militar, Alfredo Reinado Alves, afirma que o Governo e o Estado têm um meio para reunir os peticionários e que estes devem ser reactivados como militares.
Alfredo Reinado referiu este assunto aos jornalistas em Gleno (Ermera), sexta-feira, 9/11 da semana passada.
Alfredo explicou que o objectivo da concentração dos peticionários no referido local é prepará-los para serem reactivados como militares, que precisam de ser reorganizados, e realizar instruções diárias. Isto está, segundo ele, incluído no programa do actual Governo para resolver o caso dos peticionários.
«Ermera é um local de acantonamento onde os peticionários podem ser reorganizados para realizarem uma formatura formal. Além disso, o número de peticionários ainda está incompleto, por alguns deles estarem dispersos, a realizar as suas funções de segurança nos distritos e por dificuldades de transporte. E toda a gente sabe que desde há muito tempo que os peticionários não recebem os seus direitos como funcionários, então enfrentam dificuldades na família. Portanto hoje (sexta-feira), reunimos os peticionários, para lhes explicar melhor os programas e participarem no encontro com o Governo», declarou Alfredo.
Alfredo Reinado garantiu que até à data os peticionários continuam como militares, uns dizem que já não são militares. Na realidade quando nos opomos a qualquer decisão, nós próprios é que devemos decidir deixar a vida militar. Com 700 militares na instituição e 700 fora, esta instituição não tem dignidade. Então, a partir de hoje, o distrito de Ermera será o local de acantonamento para os peticionários.
No mesmo local, Gastão Salsinha, líder dos peticionários, acrescentou que a partir de esse dia as actividades da instituição serão reorganizadas por não serem realizadas há dois anos. Além disso, vão realizar programas de treinos em relação a técnicas e tácticas de combate. Isso demonstra, e como já dissemos várias vezes, que os peticionários são militares, não são civis.
«Portanto não devemos abandonar as nossas funções. Continuamos as nossas actividades militares e implementamos o que aprendemos na instituição FALINTIL-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL)», concluiu Salsinha.
«Em relação ao acordo com o Parlamento Nacional, em primeiro lugar, o documento será estudado pelos deputados para fazerem uma avaliação à situação geral nacional de segurança no país, para depois ser tomada uma decisão que defenda os interesses nacionais», explicou Vicente.
Vicente acrescentou ainda que no encontro realizado entre chefes de bancada e Vice Primeiro-Ministro não se questionou a saída das FSI de Timor-Leste. Os chefes de bancada apenas desejaram saber desse acordo e evitar os incidentes que têm ocorrido, como a questão de indisciplina de um ou dois membros das Forças Internacionais, e saber como corrigir essas actuações com responsabilidade. Estas foram as preocupações dos chefes de bancada.
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