Blog Vox Populi - Quarta-feira, 24 de Outubro de 2007
António Veríssimo
O Notícias Lusófonas é uma página bem interessante e útil a que quase todos que querem actualizar-se em relação à lusofonia recorrem. O propósito é sempre esse e não o de ir visitar uma página humorística em que sabemos encontrar um paliativo para as imensas más noticias que nos inundam quotidianamente, não só em relação aos países lusófonos mas a todo o mundo.
Surpreendentemente, desta vez, uma notícia relacionada com Timor-Leste deu para rir a bandeiras despregadas e perceber que já não dá para levar a sério uma boa parte dos políticos daquele país.
A notícia anda por ai, está à solta em quase todos os blogues relacionados com Timor-Leste e, presumo, também divulgada pela Lusa:
“Kirsty Sword-Gusmão é Embaixadora para a Educação”. Este é o título.
Claro está que só quem não tem nenhum sentido de humor é que poderia ficar sisudo.
José Ramos Horta (claro!) foi quem nomeou a esposa do primeiro Xanana numa “cerimónia que levou quase todo o corpo diplomático de Díli ao Palácio das Cinzas”.
Pompa e circunstância, por nada, que é coisa de que Horta gosta bastante e lhe alimenta o ego. Talvez por isso se tenha considerado um grande idiota – se for verdade que são os idiotas que têm ideias – e declarado que “Timor-Leste, que eu saiba, é o primeiro país que usa esta ideia”.
Em resposta, Kirsty Gusmão, de origem australiana afirmou que é “uma ferramenta de promoção por uma boa causa” e também que "Agora espero que me usem".
Madame Kirsty ainda disse mais umas quantas mas houve uma que cativa especialmente, talvez mais os portugueses: “A educação é a minha paixão” – disse D. Kirsty.
Claro que só podia estar a parafrasear o autor desta célebre frase: António Guterres, ex-primeiro-ministro de Portugal, muito boa pessoa mas um desastre a governar. Um sujeito tão apaixonado pela educação que a pôs ainda mais de rastos!
Mais umas quantas patacoadas de ocasião foram ditas pela senhora embaixadora, que referiu que desde pequenina tem contacto com a educação, chegando mesmo a morar numa escola porque os pais eram professores.
È de rir a gargalhadas caríssimas porque vale mesmo a pena.
Primeiro, porque parece que Horta já não deve ter mais nenhum familiar ou amigo para convidar e empossá-lo num cargo “régio”, ajudando à hilaridade imaginar que a seguir vamos assistir a serem empossados em cargos gerados por aquela imaginativa cabeça os seus animais de estimação, a começar pela catatua e pelos cães, por exemplo.
Segundo, porque o descaramento desta dupla Horta-Xanana ultrapassa tudo aquilo que mentes sãs consigam imaginar. Por ser tão triste, tão medíocre, caricato, torna-se hilariante.
Por último, as declarações da novel embaixadora foram soberbas e mesmo propicias para a ocasião, ao terem demonstrado que aquilo é só mais um tacho, um tacho e mais nada.
É fartar, vilanagem!
NOTA DE RODAPÉ:
Não esquecer os "outros" amigos de Horta durante a crise, como por exemplo Hasegawa...
RH nomeou também o cunhado João Carrascalão conselheiro de Estado.
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