Continua a "entrega" de Timor-Leste à Austrália. Desta vez, um despacho do Ministro português da Administração Interna, que limita a duração de elementos da GNR e da PSP em missões internacionais em um ano, faz com que os elementos destacados em Timor-Leste, alguns dos quais em lugares de chefia não possam continuar as suas missões.
Portugal perde assim os lugares de chefia para... australianos e neo-zelandeses.
Em vez de se usar a experiência no país, os contactos e a confiança adquirida, estes polícias e militares (no caso da GNR não são elementos do sub-agrupamento Bravo, mas assessores junto da UNPOL), mandam-se regressar.
Portugal perde. Timor-Leste perde.
Apetece dizer, cambada de idiotas...
Acho que, basicamente, os pressupostos para que um funcionário do Estado possa exercer funções em comissão de serviço no estrangeiro são os seguintes:
ResponderEliminara) é a vantagem que esse funcionário pode transmitir aos seus colegas quando regressa ao lugar de origem, a qual é baseada numa diferente experiência, justamente adquirida em contacto com uma realidade que lhe é estranha.
b) A tradução que esse funcionário faz do interesse de Portugal em se afirmar no quadro internacional.
No caso vertente, os funcionários (UNPOL) vão-se mantendo no lugar (há anos) porque “não levantam ondas”. São bons rapazes, cumpridores, obedientes, dedicados e não dão escândalo.
Só que:
1) É bom não esquecer que o funcionário está a ganhar dois salários (o de origem) e o da missão.
2) Perderam o contacto com a realidade portuguesa, pelo que não têm qualquer utilidade ao sistema orgânico de origem, já que não transmitem a sua experiência aos colegas.
3) Não servem de “ponta-de-lança” aos interesses portugueses porque não se afirmam com receio de perder o lugar.
Assim, nenhuma missão deve ultrapassar um ano sob pena do funcionário perder o contacto com o seu lugar de origem (em Portugal) e não ter qualquer utilidade para o sistema e constituir um peso para o erário público.
O que há que fazer é substitur essas pessoas por outras mais ou tanto qualificadas.
Em primeiro lugar, não é por estar um ano fora que se perde a realidade do sistema português.
ResponderEliminarDepois, não se "substituiem" pessoas nas entidades internacionais por outras para os mesmos lugares. A fila anda...
Portugal queixa-se da sua fraca presença nos organismos internacionais, mas depois, devido às "invejazinhas" institucionais, acaba por perder lugares importantes que passam para outros países.
E se assim fosse, os outros países europeus, também teriam esta política cega de rotatividade.
Ou será que Portugal inventa a roda?
mais a mais, trata-se de uma situacao especifica, e refiro-me a elementos das forcas (desculpem, nao tenho teclado pt) portuguesas que sao totalmente conhecedores de uma situacao de seguranca muito complexa e que se encontra neste preciso momento em investigacao. seria fundamental manter determinadas pessoas (sao 5 os elementos a que me refiro) para que o trabalho de portugal na cooperacao para o desenvolvimento de timor (sim, a paz e a seguranaca tambem sao desenvolvimento) desse um passo bem importante no bom caminho.
ResponderEliminaras desculpas burocraticas neste caso so confirmam a incompetencia da cooperacao portuguesa....