Jornal Nacional Semanário – 08 de Setembro de 2007
O Secretário-Geral do partido FRETILIN e ex-Primeiro-Ministro, Mari Alkatiri, afirma que quem nega a sua própria História perde a sua identidade. Portanto, pela sua parte, não dará importância ao discurso do Presidente da República, proferido na cerimónia solene da comemoração do dia 30 de Agosto, onde atacou a FRETILIN com várias acusações. «Por ter atacado a FRETILIN com várias acusações, Ramos Horta está a negar a sua História e assim perdeu a sua identidade, a sua identidade como nacionalista», referiu Mari Alkatiri ao Jornal Nacional Semanário , na semana passada, na sua residência (Farol, Díli), após a visita do Ministro dos Negócios Estrangeiros australiano, Alexander Downer.
Afirma ainda que, no seu discurso, Ramos Horta negou que a Nação seja dele mas que ele deve saber qual é a sua origem.
«Ao negarmos a nossa origem ou donde viemos significa que não vamos durar», salienta Mari Alkatiri.
Segundo ele, Ramos Horta deve pensar muito bem que também foi membro do Primeiro Governo Constitucional e Primeiro-Ministro no Segundo Governo Constitucional.
«Neste momento, já não é necessário, estamos habituados com aqueles que perderam as suas identidades, porque neste momento tentam negar a História por terem perdido a sua identidade. Isto demonstra claramente que o Presidente da República perdeu a sua identidade como nacionalista», afirma Mari Alkatiri.
As declarações de Ramos Horta, no seu discurso, acusaram a FRETILIN de ter cometido um erro quando obrigou as Nações Unidas (UNTAET) a terminarem de imediato a sua missão em Timor-Leste, que não estava preparado para o processo de transferência total do poder para a independência.
E assim também após 1975, quando os líderes políticos saíram para países como Portugal, Moçambique, Austrália e EUA, cujas experiências são diferentes da dinâmica real em Timor-Leste. Entre 1999 e 2000, regressaram a Timor-Leste, acumularam poder, foram considerados pela nova geração como líderes arrogantes, que não conhecem a realidade em Timor-Leste.
A liderança na diáspora não compreendeu a transformação no País, por terem vivido em países com condições diferentes.
Sem comentários:
Enviar um comentário