SIC – 07-08-2007, 21:45
Apoiantes da Fretilin não aceitam que Xanana Gusmão seja empossado primeiro-ministro.
Xanana Gusmão deverá ser empossado esta quarta-feira como novo primeiro-ministro de Timor, apesar da contestação dos apoiantes da Fretilin, o partido mais votado nas eleições de Junho passado.
A presença das tropas australianas e forças paramilitares portuguesas da GNR evitou novo banho de sangue em Díli e em Baucau, a segunda cidade timorense, devido às violentas manifestações dos apoiantes da Fretilin.
Nas imediações do aeroporto da capital, centenas de apoiantes da Fretilin, o partido mais votado nas eleições parlamentares de Junho, queimaram pneus, apedrejaram os militares estrangeiros, numa manifestação contra a nomeação de Xanana Gusmão para primeiro-ministro.
Só uma reunião de emergência convocada por Ramos-Horta, o presidente responsável pela nomeação, acalmou os ânimos.
Na origem desta decisão de Ramos-Horta que provocou a nova crise timorense, estava o impasse político vivido desde as eleições de Junho. A Constituição consagra um primeiro-ministro designado pelo partido mais votado, ou pela coligação com maioria parlamentar.
A Fretilin ganhou as eleições, sem maioria. Mas foi ultrapassada pelo CNRT de Xanana Gusmão, e pela aliança do ex-presidente a três outras forças políticas minoritárias de Timor-Leste.
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