Lusa – 13 de Agosto de 2007, 11:09
Díli - Um ex-polícia timorense foi condenado a quatro anos de cadeia e três outros timorenses a penas de um ano e meio de prisão por responsabilidade no ataque de Maio de 2006 a casa do comandante das Forças Defesa Timor-Leste.
Dados da sentença, de 06 de Agosto, foram conhecidos num comunicado difundido hoje pelo Justice System Monitoring Program (JSMP), que acompanha o sistema judicial timorense.
O ataque a casa de Taur Matan Ruak foi um dos incidentes marcantes do período de violência de Maio de 2006 em Timor-Leste.
O tribunal considerou que Abílio Mesquita "Mausoko", principal arguido no processo, era "um agente policial que, como tal, tinha que dar bons exemplos à comunidade" e que "causou desordem através do abuso de autoridade".
Notando que o arguido "não mostrou remorsos pelas suas acções", o tribunal refere que a sua libertação "não estaria de acordo com o respeito pela vida e pela dignidade vincadas na lei".
Ainda assim o tribunal absolveu Mausoko da acusação de tentativa de assassinato, um dos crimes de que era acusado no processo da Procuradoria timorense.
Artur Avelar Borges, Almerindo da Costa e Valente de Araújo, também arguidos neste processo, foram condenados a penas máximas de um ano e seis meses de cadeia.
O caso foi analisado por um colectivo de juízes formado por dois magistrados internacionais e um timorense, com base tanto na legislação penal indonésia ainda em vigor em Timor-Leste como em regulamentos aprovados desde 1999.
Os juízes recusaram uma carta enviada ao tribunal pelo próprio Taur Matan Ruak onde o responsável máximo das forças militares timorenses pedia clemência para os arguidos e a sua libertação. "O colectivo de juízes não aceitou o pedido, notando que não tinha validade legal", refere a nota da JSMP.
ASP-Lusa/Fim
The real authors of the crisis are now running the country and be sure to see more persecution of the same. There will be more scape goats.
ResponderEliminarÉ curioso que vários cidadãos vão sendo sucessivamente condenados a prisão, mas Reinado e Rai Los continuam estranhamente à solta sem que ninguém os submeta à Justiça.
ResponderEliminarClaro que nada disso tem relação com o facto de o PGR ter sido reconduzido pelo ex-Presidente e actual 1º Ministro...