Lusa – 13 de Agosto de 2007, 10:44
Lisboa - O Presidente timorense José Ramos-Horta desmentiu hoje as alegações que lhe foram imputadas domingo pela Fretilin, partido maioritário, de que teria ameaçado de despedimento os funcionários públicos que participassem em manifestações antigovernamentais.
Em comunicado enviado hoje à Lusa, o gabinete do Presidente da República desmente as acusações da Fretilin e lamenta que aquele partido, vencedor das eleições legislativas de 30 de Junho, "tenha feito tais alegações (...) sem ter averiguado se tais alegações teriam alguma veracidade". As acusações da Fretilin foram expressas num comunicado de imprensa divulgado domingo, assinado pelo vice-presidente Arsénio Bano e pelo deputado José Teixeira.
No texto, a Fretilin manifesta ainda a sua disponibilidade para colaborar numa "investigação conjunta sobre a violência" registadas nos últimos dias.
A onda de violência avolumou-se com a escolha de Xanana Gusmão por Ramos-Horta para liderar o IV Governo Constitucional.
A Fretilin, apesar de ter vencido as legislativas elegeu apenas 21 dos 65 lugares do parlamento, pelo que Ramos-Horta entendeu convidar Xanana Gusmão, indicado por uma coligação pós-eleitoral de quatro partidos, que garante a maioria absoluta o hemiciclo, com 37 assentos. Depois de Díli, os confrontos estenderam-se ao leste do país, tendo o incidente mais grave sido referenciado sábado em Baguia, junto ao orfanato dos Salesianos, em que uma menor terá sido violada. A UNPOL, polícia das Nações Unidas, anunciou entretanto hoje que o suspeito do crime já foi detido. EL-Lusa/Fim
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