EFE – 6 Agosto 2007, 11:24
Florentino Goulart
Díli - O presidente do Timor-Leste, José Ramos Horta, escolheu hoje o antigo chefe da resistência, Xanana Gusmão, para primeiro-ministro do país e encarregou-o de formar o Governo, decisão que gerou protestos de grupos de jovens. "Decidi que a aliança de partidos formará um novo Governo com Xanana Gusmão como primeiro-ministro, e que ele tomará posse na quarta-feira", afirmou o líder. A aliança, cujo objetivo é apresentar uma alternativa de Governo, foi criada após as eleições de 30 de junho pelo Conselho Nacional para a Reconstrução do Timor-Leste (CNRT), fundado por Gusmão em março, com 18 deputados, pela coalizão ASDT-PSD, que tem 11 congressistas, e pelo Partido Democrata (PD), com oito.
A plataforma controla 37 das 65 cadeiras do Parlamento unicameral. Completam o Legislativo 21 parlamentares da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), três do Partido de União Nacional (PUN), duas da aliança KOTA-PPT e outros dois do Partido de União Nacional da Resistência Timorense (Undetim).
"Escolhi a aliança de partidos de acordo com nossa Constituição (2002), mas isto não quer dizer que o Fretilin tenha perdido, mas poderá fazer uma contribuição mais positiva a partir de uma oposição forte", ressaltou o líder, prêmio Nobel da Paz, tentando acalmar os seguidores deste partido. Em Baucau, a segunda maior cidade do país, cerca de 120 quilômetros a leste da capital, grupos de jovens foram às ruas...
Ramos Horta acrescentou que pediu ao próximo primeiro-ministro que reforme imediatamente o sistema de segurança, "uma das principais prioridades" do país.
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