Blog Timor Lorosae Nação - 04-08-2007
A posição da ONU em relação aos crimes praticados em 1999 em Timor-Leste está a demonstrar ser cada vez mais antagónica às posições e declarações dos dirigentes timorenses mais destacados como Xanana Gusmão e Ramos Horta. Enquanto que os referidos dirigentes defendem o branqueamento das centenas de crimes praticados durante a violenta ruptura de Timor-Leste com a Indonésia a ONU já anunciou que boicotará a comissão de verdade criada para investigar aqueles centenas de mortes, a não ser que ponham de parte a pretensão de amnistiar as pessoas culpadas de violações aos direitos humanos.
Por meio de um comunicado divulgado ontem a ONU considera que “não pode endossar nem fechar os olhos a amnistias para culpados de genocídio, crimes contra a humanidade, crimes de guerra ou brutais violações dos direitos humanos, assim como não pode fomentar tais crimes”. Investigadores da ONU e do governo de Timor-Leste identificaram dezenas de suspeitos de perpetrar estupros, assassinatos e pilhagens ao longo de meses de derramamento de sangue, entre eles oficiais de alto escalão do Exército indonésio. Até hoje, porém, nenhum desses casos foi a julgamento.
Se o mandato do painel não for alterado a fim de obedecer aos padrões internacionais, funcionários das Nações Unidas "não testemunharão nem participarão de nenhuma espécie de apoio a esse trabalho", avisou a porta-voz Marie Okabe. Benyamin Mangkudilaga, presidente da comissão, disse hoje que nenhuma decisão sobre eventuais amnistias foi tomada ainda, mas não está descartada a possibilidade à concessão de tal benefício.
In Tarde Online/TLN
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