Rádio Vaticano – 13 de Agosto de 2007, 20.15
Díli – O bispo de Baucau, Timor-Leste, Dom Basílio do Nascimento, Condenou hoje, duramente, a violência em Timor, e exigiu uma investigação completa, e a detenção dos autores do assalto ao colégio salesiano, e do estupro de várias alunas.
"É um momento muito triste, para mim e para a população de Baucau e de todo Timor-Leste, por causa da violência que impera. Ninguém tem respeito pelo próximo como ser humano; comportam-se como animais, por interesses políticos", disse o prelado à agência de notícias espanhola, EFE.
Dom Basílio condenou com dureza o fato ocorrido na última sexta-feira, dia 10, no orfanato e colégio dos salesianos, "São João Bosco", em Baguia, onde algumas estudantes foram violentadas. O bispo denunciou "a atitude irresponsável e imoral de certas pessoas, que destroem e queimam" edifícios públicos e centros religiosos. "As autoridades devem capturar os suspeitos e os autores intelectuais desses atos de vandalismo, levando-os perante a Justiça", acrescentou Dom Basílio.
Os distúrbios em Timor-Leste começaram há uma semana, depois que o presidente do país, o Prêmio Nobel da Paz José Ramos Horta, encarregou o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, que representa a coalizão de quatro partidos, de formar um novo governo.
Inicialmente, as desordens foram atribuídos a seguidores da Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente (FRETILIN), descontentes pela decisão de nomear Xanana Gusmão como primeiro-ministro. Todavia, o secretário-geral do FRETILIN, o ex-premier, Mari Alkatiri, voltou a reiterar hoje, em Díli, sua condenação à violência, embora reafirmando que "este governo carece de legitimidade para governar". (AF)
Sem pretender entrar em grandes detalhes desejo sinceramente que a Fretilin, o povo votante neste patido e os seus líderes, comecem a acatar as leis emanadas pela constituição timorense bem como a decisão dos órgãos superiores democraticamente eleitos. Porque a partir do momento em que não existe nenhum partido que queira coligar-se com esse partido, neste momento a obrigação democrática é acatar a decisão tomada, caso contrária, chegará o dia em que não hverá nenhum país no mundo que queira contribuir para a paz e o sossego do povo e deste frágil e tão jovem país. A Fretilin e os seus líderes saibam dar oportunidades a outros para demonstrarem o que valem, por que já as tiveram durante cerca de 5 anos e pelos os resultados não foram visíveis. Um bem haja.
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