Do Alto do Tatamailau – 18 Agosto 2007
Navegando na net, dei com um blog interessante alimentado por vários economistas portugueses e que tem um título "chamativo": "ladrões de bicicletas". Curiosamente, duas das suas "entradas" mais recentes (vejam aqui e aqui) referem-se ao tema do comércio livre e sublinham, nomeadamente, uma ideia interessante de um economista sul-coreano, Ha-Joon Chang (o homem sabe do que fala pois fala da experiência própria - i.e., da Coreia do Sul...):
"nem todos os países que usaram o proteccionismo foram bem sucedidos, mas quase todos os países bem sucedidos economicamente usaram o proteccionismo. De facto, os países não se tornaram ricos por causa do comércio livre, mas antes adoptaram o comércio livre (quando o fizeram!) a partir do momento em que se tornaram ricos (também Chang)".
E logo adiante citam o "velho" Friedrich List quando ele afirmava que " o comércio livre é o proteccionismo dos mais fortes".
Dá para compreender que adoptar um tal regime nas condições de Timor Leste, cuja estrutura produtiva é pouco mais que incipiente e que tem acesso a muito dinheiro (Fundo Petrolífero), pode ser (dificilmente não será...) meio caminho andado para a "desgraça" (leia-se, o país utilizar o dinheiro que tem para importar quase tudo sem ser capaz de se industrializar - o que será uma forma de manifestação da famosa "dutch disease")?
Sem comentários:
Enviar um comentário