Lusa - 5 de Julho de 2007 - 16:45
Díli - Cinco partidos da oposição de Timor-Leste formaram hoje "uma aliança parlamentar com vista à formação de um governo" alternativo à Fretilin, partido que venceu as legislativas sem maioria absoluta, anunciou Mário Carrascalão à agência Lusa.
Contra a formação de um governo da Fretilin, que venceu as eleições de 30 de Junho com 29 por cento dos votos, juntaram-se o Congresso Nacional de Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), do ex-Presidente da República Xanana Gusmão, a coligação ASDT/PSD, o Partido Democrático (PD), de Fernando "La Sama" de Araújo, e a UNDERTIM, do veterano Cornélio Gama "L7".
No conjunto, estes partidos obtiveram 54,1 por cento dos votos válidos nas legislativas.
"A Fretilin pode ir para a oposição", declarou à Lusa o presidente do Partido Social Democrata (PSD) e líder da coligação com a Associação Social Democrática Timorense (ASDT).
A aliança contra a Fretilin, será anunciada numa conferência de imprensa marcada para sexta-feira
Segundo Mário Carrascalão, a aliança anti-Fretilin conta também com "o apoio não escrito" do Partido de Unidade Nacional (PUN), liderado por Fernanda Borges, que obteve 4,5 por cento dos votos.
"Podemos garantir estabilidade que a Fretilin não pode", declarou o presidente do PSD sobre as razões que levaram à constituição desta plataforma parlamentar.
"Nós não participamos em coligações com a Fretilin e o CNRT é da mesma opinião", acrescentou o ex-governador de Timor sob a ocupação indonésia.
"A Fretilin tem menos de um terço dos eleitores", considerou ainda Mário Viegas Carrascalão.
O líder da ASDT/PSD afirmou ainda que "não está escolhido" o primeiro-ministro se a aliança for convidada a formar governo.
"Estamos abertos a discussões sempre no interesse nacional", concluiu.
Mari Alkatiri, ex-primeiro-ministro e secretário-geral da Fretilin, afirmou hoje à Lusa que o seu partido "não abdica da vitória (obtida), em qualquer cenário".
PRM/JSD-Lusa/fim
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