Diário Digital / Lusa
10-06-2007 15:29:46
O Presidente da República timorense afirmou este domingo, numa recepção para assinalar o Dia de Portugal, que «a vitória de 1999 muito se deve à sábia, paciente, discreta e prudente diplomacia portuguesa».
José Ramos-Horta, convidado para a cerimónia na residência do embaixador de Portugal em Díli, agradeceu o apoio português durante a crise de 1999 em torno do referendo pela independência e, de novo, na resposta à grande crise de 2006.
«Se compararmos com há um ano, demos alguns passos significativos na vida do país», explicou José Ramos-Horta numa breve intervenção à comunidade portuguesa em Timor-Leste, acrescentando que, «para esta normalização, muito contribuiu a comunidade internacional, nomeadamente Austrália, Nova Zelândia, Malásia, e, de muito mais longe e em curto espaço de tempo, Portugal».
Perante a grave crise política e militar, Portugal respondeu ao apelo das autoridades timorenses fazendo desembarcar um contingente da GNR a 4 de Junho, em Baucau, demonstrando, segundo o chefe de Estado, «a extrema generosidade do povo português que atravessava períodos difíceis após a aquisição da sua independência».
«Desde os dias mais difíceis, em que pouco se conhecia Timor no mundo e poucos acreditavam e poucos nos apoiavam, era em Portugal que nós encontrávamos maior apoio e maior refúgio», recordou Ramos-Horta, que referiu ter percorrido nesses anos «Portugal de lés-a-lés».
A evidencia do Cinismo do Ramos Horta!
ResponderEliminarSHU PASAKI
Carrascalão: «Gente à volta de Xanana é do pior que há»
ResponderEliminarDiário Digital / Lusa
11-06-2007 11:12:17
O ex-Presidente Xanana Gusmão, líder do Congresso Nacional de Reconstrução de Timor-Leste (CNRT) e candidato às legislativas de 30 de Junho, está rodeado de «gente do pior que há em Timor-Leste», afirmou hoje Mário Viegas Carrascalão.
«Há indivíduos que estão com ele que se chamavam, por exemplo, Francisco UDT, depois chamaram-se Francisco APODETI, hoje são Francisco CNRT», disse à Agência Lusa o presidente do Partido Social Democrata (PSD) e cabeça-de-lista da coligação eleitoral com a Associação Social Democrática Timorense (ASDT).
«São um grupo de pessoas que viram no fascínio de Xanana, na posição que Xanana tem, a possibilidade de viver à sombra dele», acrescentou Mário Carrascalão numa entrevista concedida a meio da campanha eleitoral, acrescentando que «o objectivo número um de Xanana é destruir Mari Alkatiri».
«Não é destruir a FRETILIN», analisou o líder do PSD e ex-governador de Timor durante dez anos, quando o território se encontrava sob a ocupação indonésia.
«Xanana Gusmão está a dar guarida à chamada FRETILIN-Mudança, que vai depois regressar à FRETILIN quando destituírem Mari Alkatiri», secretário-geral do partido maioritário e ex-primeiro-ministro.
«Isso não é saudável aqui para Timor», considerou Mário Viegas Carrascalão.
«Eu gostaria de ver Alkatiri destruído democraticamente, e quando digo destruído é eliminado da cena política em eleições», não de qualquer maneira.
«Mas a última coisa que eu queria era ser acusado de contribuir para a instabilidade em Timor e tenho de arranjar forma de convivência com o próprio CNRT, que tem muita gente, muita gente, de quem não gosto», adiantou Mário Carrascalão.
«Isto engana o povo, que olha a sigla e pensa que este partido lutou pela libertação de Timor», continuou o presidente do PSD pegando num jornal do dia e apontando o artigo de primeira página sobre o CNRT.
«Eu tenho explicado na campanha que, se este partido fosse o antigo CNRT, eu próprio faria parte, todos juntando esforços. Mas não é o caso», destacou o presidente do PSD, que integrou o primeiro CNRT (Conselho Nacional da Resistência Timorense) antes da independência do país.
«Eu não gostaria de ver um herói nacional, um dos pais da nossa unidade nacional, como primeiro-ministro se o CNRT vencer, sofrer as consequências de erros que o destituirão da História como o homem de quem todos os timorenses se orgulham que passa a ser como qualquer outro».
Para Carrascalão, Xanana corre o risco de perder a credibilidade que tinha, porque «para ser governo, é preciso ter-se sensibilidade para assuntos dministrativos e temas sociais. Não é só discursar. É preciso saber como».
«Há com certeza técnicos para fazer as coisas, mas se um líder não acompanhar, é co-responsável. É engolido», prosseguiu, opinando que Alkatiri é odiado em Timor-Leste.
«A maior parte da população odeia-o. Talvez sem razão. Eu não sei», afirmou, esclarecendo que ele liderou um Governo que «nunca disse a Alkatiri que discordava dele ou em que algum ministro ameaçasse sair. Todos querem comer. E isso vai ser pior com o CNRT».
«Xanana é um homem bom demais para fazer o que eu fiz durante dez anos aqui em Timor: usar o princípio de que só morro uma vez mas aquilo que eu entender que está certo, é isso que eu vou fazer», analisou ainda Mário Viegas Carrascalão.
«Xanana parte de piores condições, porque já tem um adversário muito grande que é a FRETILIN-Maputo, ou Radical como muita gente diz (...), e vão mobilizar cada vez com mais força contra ele».
«Xanana é um homem muito sensível, um homem que actua muito emocionalmente. É um homem bom», disse Mário Viegas Carrascalão na entrevista à Lusa.
«Eu não sou como ele. Sou bom mas não sou aquele bom como o Xanana, que chora e comove as pessoas. Para mim, o que é, é. Quem gosta, gosta, quem não gosta, não gosta. Não vou modificar-me para fazer jeitos», declarou.
Sobre a candidatura de Xanana Gusmão, o candidato do PSD às legislativas declarou que «ele é uma pessoa que devia continuar na posição de um pai deste país, e não meter-se em questões de governos».
«Já com José Ramos-Horta eu disse: você é um Nobel da Paz, deve cuidar da paz, da harmonia, e um chefe de governo tem que tomar decisões drásticas. Vai causar muita antipatia».
Para Mário Viegas Carrascalão, o novo Presidente da República «deu o primeiro passo errado» ao promulgar a lei de alteração eleitoral.
«Eu adiava as eleições mas nunca assinaria uma lei contra a minha consciência. O próprio José Ramos-Horta dizia que não concordava com a lei», concluiu.
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=280402
Duas mulheres sem mãos a medir
ResponderEliminarJornal de Notícias, 09/06/07
Timorenses e portugueses são apoiados pela consulesa honorária em Darwin, que fugiu de Timor em 1975
São duas mulheres e dois casos de consulesas honorários com competências alargadas. Podem ambas fazer trabalho de registo civil, notariado e de recenseamento eleitoral, mas uma está no Mindelo, Cabo Verde, e outra em Darwin, na Austrália, e têm condições de trabalho diversas.
Rosália Vasconcelos Lopes recebe um subsídio para instalação e funcionamento dos serviços no Mindelo, na ilha cabo-verdiana de S. Vicente. É professora de profissão, tem 65 anos, nasceu no Vimieiro, no Alentejo, vive há 42 anos em Cabo Verde, e foi nomeada em 2002.
"Fiquei surpreendida com a minha escolha. O meu nome foi um dos sugeridos ao embaixador pela comunidade portuguesa, resisti a aceitar. Tinha pouco tempo, mas acabei por ceder", contou a consulesa ao JN. Tem a seu cargo quatro funcionárias a tempo inteiro e duas em part-time. "A comunidade é pequena em termos de inscritos, mas são muitos os lusodescendentes e muito entusiasmados com tudo o que diz respeito a Portugal. Há, por isso, muito trabalho para fazer", confessa.
Trabalho é o que também não falta a Maria dos Anjos Vidigal de Castro, com 68 anos, e que há 17 foi nomeada consulesa honorária em Darwin. Nasceu em Timor, filha de pai português e mãe timorense. Em 1975, era funcionária dos Correios e, com a ocupação de Timor pela Indonésia, refugiou-se na Austrália. Trabalhou no que pôde para sustentar a família e colaborou com uma associação de portugueses, o que a levou a ser nomeada para o cargo. Confessou ao JN que tem actualmente muitas dificuldades.
"Além de apoiar os portugueses, auxilio os timorenses, por exemplo, quando têm de vir a Darwim para o hospital". Para estas tarefas, a consulesa trabalha sozinha e dispõe de uma sala na sua casa. O subsídio que recebe de Lisboa não chega para mais.
tp://jn.sapo.pt/2007/06/09/nacional/duas_mulheres_maos_a_medir.html
“Aqui é Timor-Leste”
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