Lusa - 29 de Junho de 2007, 23:34
Díli - Carlos Xímenes, funcionário público, votou "com orgulho" e abriu às 07:00 de sábado (23:00 de sexta-feira, em Lisboa), as eleições legislativas na estação de voto onde, uma hora depois, são esperados os dirigentes do partido maioritário Fretilin.
"É a terceira vez que sou o primeiro a votar aqui", afirmou Carlos Xímenes, satisfeito por "poder participar na escolha do próximo governo".
O mesmo aconteceu nas eleições presidenciais de 09 de Abril e na segunda volta a 09 de Maio, que elegeu José Ramos-Horta.
"É com orgulho que votamos em Timor-Leste", explicou o funcionário público, que não tinha votado nas eleições da Assembleia Constituinte em 2001 e nas presidenciais de 2002 "porque estava emigrado na Austrália".
Para ser o primeiro a votar, Carlos Xímenes deitou-se "muito cedo para levantar cedo".
As urnas abriram sem problemas à hora prevista e a votação decorre até às 16:00 (08:00 em Lisboa).
"Não houve rigorosamente nenhum incidente durante a noite", declarou à Lusa o comandante distrital da Polícia das Nações Unidas em Díli, Leitão da Silva.
Das eleições de hoje sairá o IV Governo Constitucional de Timor-Leste, para quem Carlos Xímenes tem a mensagem de "haver uma oportunidade para usar o momento e convencer a comunidade a estabelecer a paz em Timor".
Na mesma estação de voto, na escola central do Bairro do Farol, votam o presidente e o secretário-geral da Fretilin, Francisco Guterres "Lu Olo" e Mari Alkatiri, o ex-primeiro-ministro que se demitiu há um ano no auge da crise política.
"A crise pode acabar hoje", concluiu Carlos Xímenes, que aplaude a mudança de contagem das estações de voto para a sede dos distritos.
"Vai ser fácil de controlar o resultado e mais fácil de contar", explicou.
PRM/JSD-Lusa/fim
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