Lusa - 24-06-2007 16:42
Díli - Tropas australianas das Forças de Estabilização Internacionais (ISF) responderam hoje à noite a tiros disparados a partir das montanhas na periferia da capital timorense, onde vários pontos estratégicos foram reforçados por efectivos militares.
A troca de tiros ocorreu cerca das 23:00 (15:00 em Lisboa) nas montanhas da periferia sul da capital, no limite do bairro de Balide, confirmou à agência Lusa fonte oficial das Nações Unidas.
Uma hora depois, cerca da meia-noite, a situação está "aparentemente sanada", adiantou a mesma fonte.
Um grupo de militares do Subagrupamento Bravo da GNR, integrado na missão internacional das Nações Unidas (UNMIT) e, pouco depois, soldados das ISF responderam ao incidente, procurando apurar a origem dos disparos.
Quatro viaturas blindadas de transporte de tropas australianas foram deslocadas da base das ISF em Taci Tolu, na periferia oeste de Díli, para o centro da capital, em Caicoli, montando guarda ao quartel-general das Forças de Estabilização em Camp Phoenix.
Segurança reforçada é também visível no perímetro onde funciona a Procuradoria-Geral da República, em frente a Camp Phoenix, e diante da base operacional do contingente neozelandês das ISF, em Bidau Santana.
A resposta ao incidente envolveu também patrulhas a pé e um helicóptero de reconhecimento das ISF, que sobrevoa o bairro central de Caicoli.
Outra fonte da missão internacional afirmou à Lusa que "um grupo de cerca de 20 indivíduos começou a apedrejar as antenas da Timor Telecom junto a Balide", um ponto que, como outros alvos sensíveis da cidade, está sob a protecção das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL).
"As F-FDTL responderam com dois tiros de aviso para o ar", acrescentou a mesma fonte.
Depois da meia-noite, o Subagrupamento Bravo regressou às patrulhas de rotina.
Desconhece-se por enquanto se houve vítimas ou danos materiais deste incidente, que ocorre a três dias do encerramento da campanha eleitoral para as legislativas de 30 de Junho.
PRM/JSD-Lusa/fim
Jornal Nacional Semanário – 24 Junho 2007
"um grupo de cerca de 20 indivíduos começou a apedrejar as antenas da Timor Telecom junto a Balide"
ResponderEliminarQuem deve estar contente com isto é o Sr.Presidente, que recentemente andou a fazer campanha contra esta empresa. É ele que vai pagar estes estragos e o cobre que é constantemente roubado? É assim que se pretende atrair investimento de empresas estrangeiras?
Sobre os tiros, se estes eram de M-16 e partiram das montanhas, é mais provocação do que outra coisa, visto que o alcance útil destas armas não permite que façam grandes estragos de tão longe.
No entanto, é preocupante saber que continuam a existir armas de guerra nas mãos de civis, que noutras circunstâncias podem vir a matar alguém.
Afinal há impunidade em Timor...
O próprio Xanana na entrevista que deu Visão diz às tantas que "ainda há armas e civis armados em Ermera, em Díli e noutros distritos. Se o CNRT ganhar, vou convidá-los todos a entregar essas armas. Ainda não mataram ninguém, só aterrorizaram a população."
ResponderEliminarEle próprio gaba-se que ainda tem por aí gente armada.