Primeiro de Janeiro – 10 de Junho de 2007
Superintendente-chefe Herlander Chumbinho assegura disponibilidade do corpo de segurança
O director-nacional-adjunto da PSP está em Timor-Leste para visitar o contingente na UNPol e acompanhar as comemorações do Dia de Portugal com o secretário de Estado da Administração Interna. Ocasião para garantir a prontidão desta força de segurança.
A PSP está preparada para colocar uma força autónoma, “do tipo corpo de intervenção”, numa missão internacional, se isso for pedido pelo Estado português. De acordo com o director-nacional-adjunto da instituição, superintendente-chefe António Herlander Chumbinho, “a PSP tem capacidade de resposta para uma situação de unidade constituída e o ministério [da Administração Interna] tem esses elementos”.
“Até agora, isso nunca aconteceu”, recordou o próprio, em Díli, “porque a PSP tem actuado sempre no formato de monitorização, de desempenho selectivo de funções em proveito da recuperação ou da formação de uma polícia local”. É o caso do contingente da PSP no quadro da missão internacional das Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT), onde estão 57 oficiais, chefes e agentes da Polícia portuguesa, além de nove elementos da GNR e um inspector do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
Estão também em Timor-Leste nove elementos do Grupo de Operações Especiais da PSP, na segurança à Missão Portuguesa, não integrados na UNMIT.
Portugal tem uma unidade autónoma sob o comando integrado da UNMIT, o Subagrupamento Bravo da GNR, constituído actualmente por 220 militares, uma das quatro unidades especiais de polícia da missão internacional.
Destacamento em espera
Herlander Chumbinho encontra-se em Timor-Leste desde sexta-feira para visitar o contingente da PSP na Polícia das Nações Unidas (UNPol) e acompanhar as comemorações do Dia de Portugal com o secretário de Estado-adjunto e da Administração Interna, José Magalhães, que chegou ontem a Díli [ver texto inferior]. “A PSP preparou já há algum tempo uma estrutura que pode corresponder, quando assim for entendido pela tutela, a uma missão como unidade constituída”, explicou Herlander Chumbinho. “Essa unidade não existe, mas está elencada. O levantamento está feito”, salientou aquele responsável da PSP. “Se uma instância internacional necessitar de uma unidade com essas características, a PSP aprontará uma unidade, por exemplo, com uma valência prioritária de unidade de corpo de intervenção, onde se associam valências como o grupo de operações especiais, ou outras como a inactivação de engenhos explosivos, a segurança pessoal e a vertente sinotécnica”, afirmou.
Sobre a possibilidade de existir uma integração directa das forças de segurança portuguesas em Timor-Leste, Herlander Chumbinho admitiu que “essa coordenação já ocorreu” no terreno, em momentos mais agudos da crise de segurança entre Janeiro e Março deste ano. “Falando pela PSP, toda a estrutura policial que está aqui, tanto as unidades constituídas portuguesas ou outras como outros contingentes, respondem por um comissário [da UNPol, Rodolfo Tor]”, sublinhou o responsável da PSP.
Historial - Missões internacionais
A primeira missão de manutenção de paz da PSP foi na Bósnia-Herzegovina, em 1992, e desde então a Polícia já participou em várias missões das Nações Unidas, da União Europeia e da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa. Cerca de oitocentos elementos da PSP estiveram envolvidos em missões tão diversas como o Kosovo, Haiti, Moçambique, Albânia, Croácia e Congo-Kinshasa. Para a missão em Timor-Leste, “a ONU pediu um contingente por especialidades, com elementos de investigação criminal, para a formação de base, policiamento de proximidade, de manutenção e reposição de ordem pública e segurança pessoal”. Herlander Chumbinho, «número-dois» da hierarquia nacional da PSP sublinha, por isso, a “experiência riquíssima acumulada” pelos elementos da PSP nas missões internacionais.
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