Jornal Nacional Semanário – 24 Junho 2007
“Lú-Olo e Horta Não Querem Comentar”
Não foi confirmado o resultado do encontro de alto nível realizado no Palácio das Cinzas, Caicoli, Díli, segunda-feira (18/6) para discutir o caso dos peticionários e do ex. Comandante da PM Major Alfredo Reinado. Também conversaram sobre exigências feitas, por carta, para parar as operações militares.
O encontro durou mais de uma hora, das 16h00 às 18h15, tendo a participação do Presidente do Parlamento Nacional, Francisco Guterres “Lú-Olo”, o Chefe da UNMIT Atul Khare, o Brigadeiro-General Taur Matan Ruak, o Presidente da República, Dr. José Ramos Horta e o Vice Primeiro-Ministro, Dr. Rui Maria de Araújo.
O Comandante FSI, Brigadeiro-General Mal Rerden não marcou presença no encontro. Após o encontro, os jornalistas que estavam a espera em frente do Palácio das Cinzas aproximaram-se do Presidente do Parlamento Nacional, Francisco Guterres “Lú-Olo”. Questionado sobre o resultado do encontro, este respondeu “Peçam ao Presidente da República que comente esta questão. O Presidente é que sabe,” afirmou Lú-Olo caminhando para o carro.
Os jornalistas tentaram obter, do Presidente da República, declarações sobre este assunto, mas o Oficial de Média dirigiu-se aos jornalistas e pediu desculpa, dizendo que o Presidente da República se encontrava ocupado, e que, provavelmente, comentaria o assunto no dia seguinte. (terça-feira).
Portanto a informação que o povo deseja sobre o fim da operação de captura através ainda não foi confirmada porque os dois líderes máximos não querem comentar o assunto com os jornalistas.
Jornal Nacional Semanário – 24 Junho 2007
Xanana Gusmão: “Durante Cinco Anos o Governo da FRETILIN Abriu e Tapou Buracos”
O Presidente do partido Congresso Nacional de Timor (CNRT), com o número de sorteio 2, Xanana Gusmão, considera que o Governo da FRETILIN ao longo de cinco anos abria e tapava Buracos.
O Presidente do CNRT, Xanana Gusmão, falou sobre esta questão a militantes, simpatizantes e apoiantes no comício realizado no Suai, distrito de Covalima, sexta-feira (15/6) da semana passada.
A realização da acção de campanha foi também acompanhada pelo Grupo da FRETILIN Mudança. Perante os seus militantes e simpatizantes, o Presidente do CNRT continuou a apontar as fraquezas do Governo da FRETILIN ao longo de cinco anos, pedindo àqueles que dêem os seus votos ao CNRT, caso desejem mudanças no País.
Na mesma oportunidade, o Presidente do CNRT prometeu aos militantes e simpatizantes que caso o Partido CNRT vença e forme Governo dará subsídios aos veteranos das FALINTIL, viúvas, órfãos, aos idosos e também fará uma mudança no Governo e no Parlamento Nacional através do sistema de descentralização.
Antes de realizar a acção de campanha, o Presidente do CNRT e a sua comitiva depositaram flores no monumento ‘Setembro Negro' (Suai) em memória das vítimas que aí deram as suas vidas para a libertação do País.
A campanha no Suai foi a última acção na zona sul de Timor-Leste e teve uma enorme participação por parte dos militantes e simpatizantes do partido, tendo decorrido sem qualquer perturbação, por ter uma segurança máxima fornecida por membros da PNTL do distrito de Covalima, UNPOL e incluindo também a segurança pessoal de Xanana Gusmão.
Na entrevista à Visão:
ResponderEliminarVisão - Ainda há valas comuns da guerra civil em Timor?
Xanana - Se existem, ainda não foram encontradas.
Visão - Mas acha que existem?
Xanana - Sim. Falei em 2000 e 2001 sobre isso com os generais mas eles acharam que ainda não tinha chegado o tempo. Estamos agora na Comissão de Amizade, Verdade e Reconciliação, há obstáculos. São questões que levam o seu tempo,
Porém na semana passada, antes do Comício ,“o Presidente do CNRT e a sua comitiva depositaram flores no monumento ‘Setembro Negro' (Suai) em memória das vítimas”.
Mas exigir dos Indonésios o local das valas comuns está quieto, “ainda não chegou o tempo”, “há obstáculos”, diz ele. Eu pergunto é se há lá coisa mais cruel que um cidadão nem saber onde é que jazem os seus familiares, e terem tido um PR que disto faz caixinha com os algozes dos seus co-cidadãos.