sábado, junho 30, 2007

Confusao na contagem de votos no centro distrital de Díli

As urnas de voto do distrito de Díli foram transportadas para o Ginásio Nacional de Timor, onde deveriam ser abertas, para serem recepcionadas, na presença dos fiscais dos partidos políticos e dos observadores.

Mas a cerca de nove urnas, segundo elementos da CNE e do STAE, mas mais, segundo alguns fiscais, foram retirados os selos sem a presença dos fiscais.

Este incidente deu origem a queixas junto da CNE, que de imediato anunciou que apenas dois fiscais por cada partido poderiam estar dentro do recinto do Ginásio, e que teriam de estar confinados às bancadas laterais.

Como existem 12 mesas de contagem e apenas 2 fiscais por partido, este anúncio da CNE originou vários protestos e a abertura das urnas foi suspensa.

Até às 11 da noite, nenhuma decisão tinha ainda sido tomada pelo Presidente da CNE. As brigadas do STAE (que se encontram a trabalhar desde as 6 da manhã) que contam os votos anunciaram que não trabalhariam mais esta noite apesar das tentativas de os convenceram a continuar pela noite fora.

Note-se que, os fiscais dentro do recinto não têm acesso a água nem comida.

Pelas 11 e meia da noite, foi anunciado que teriam todos de sair, e que os trabalhos recomeçariam pelas 7 da manhã.

Neste momento quase todos os fiscais que se encontram no Ginásio recusam-se a sair, prevendo-se que passem lá a noite.

Relativamente às urnas que foram abertas sem que se tenham verificado os procedimentos correctos, aa CNE, na pessoa do seu Presidente ainda não anunciou o que iria fazer.

1 comentário:

  1. "Mas a cerca de nove urnas, segundo elementos da CNE e do STAE, mas mais, segundo alguns fiscais, foram retirados os selos sem a presença dos fiscais."

    Isto é gravíssimo. O melhor seria repetir a votação nos sucos de onde vieram essas urnas, desde que houvesse registro de quem lá votou. Senão, a dúvida persistirá sempre e servirá de eventual pretexto para qualquer partido não respeitar o resultado eleitoral.

    Grave foi também o comportamento do STAE e da CNE, ao tentarem branquear o sucedido e diminuir a capacidade de fiscalização dos partidos sobre a abertura das urnas. Até parece que têm algo a esconder...

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