sábado, junho 30, 2007

CNE recebeu 29 queixas durante a campanha

O Primeiro de Janeiro - 30 de Junho de 2007

Votação aberta nas legislativas em Timor

Cerca de 530 mil eleitores estão inscritos para as eleições legislativas em Timor-Leste, com as urnas a abrirem às 23h00 de ontem em Lisboa (7h00 de hoje em Díli), visando preencher os 65 deputados ao parlamento nacional.

Doze partidos e duas coligações apresentam-se a uma votação que será fiscalizada por 489 observadores internacionais, de 45 países e organizações, e cerca de 2.400 locais, que percorrerão parte das 708 estações de voto, instaladas em 520 centros eleitorais nos 13 distritos em que se divide administrativamente o país. Os primeiros resultados oficiais, embora parciais, deverão ser divulgados na próxima segunda-feira, embora tudo dependa da forma como decorrer a respectiva contagem a nível distrital.

O recém-criado Congresso Nacional da Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), do ex-chefe de Estado Xanana Gusmão, e a Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente (Fretilin), do ex-presidente do Parlamento Francisco Guterres «Lu Olo», são os principais candidatos à vitória, embora sejam muitas as dúvidas que qualquer deles vença com maioria absoluta. À “espreita” estará o Partido Democrático (PD), de Fernando «La Sama» de Araújo, a «revelação» das presidenciais de Abril e Maio últimos, em que obteve o terceiro lugar, que poderá desempenhar um papel crucial em eventuais coligações governamentais. Dos restantes partidos e coligações espera-se uma votação praticamente residual.

Segurança apertada

Para a votação está montada uma vasta operação de segurança, garantida por cerca de cinco mil militares e polícias, divididos por várias forças, integradas, entre outras, pelas tropas da Forças de Estabilização Internacionais (ISF, na sigla inglesa) e pela Polícia das Nações Unidas (UNPol), que inclui elementos da Polícia de Segurança Pública (PSP) de Portugal e de mais de 40 países.

As forças de segurança integram também as Unidades de Polícia Formada (FPU), que inclui um destacamento da Guarda Nacional Republicana (GNR), bem como contingentes da Malásia, Paquistão e Bangladesh, que, a par com as Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) e com a Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL), assegurarão a ordem em todo o país durante a votação.

Entretanto, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Timor-Leste indicou ontem ter recebido 29 queixas de vários partidos políticos e de cidadãos relativas a eventuais irregularidades cometidas durante a campanha eleitoral das legislativas de hoje.

CNE - As queixas

A maior parte das queixas foram apresentadas por uns partidos contra outros, “estando geralmente ligadas a acções de provocação e intimidação”, sublinha o presidente da CNE, salientando a existência de “apedrejamentos”. Faustino Cardoso manifestou a convicção de que a “calma e o respeito” prevaleçam.

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