sexta-feira, maio 18, 2007

TIMOR-LESTE: POLITICA ECONOMICA ATRAI INVESTIMENTO ESTRANGEIRO

Gabinete do primeiro-ministro
Informação à Comunicação Social
PRIORIDADE AO INVESTIMENTO E À CRIAÇÃO DE EMPREGO

Díli, 17 de Maio de 2007 – Nos dez meses de mandato do Primeiro-Ministro Dr. José Ramos-Horta, foi dada prioridade à avaliação e aprovação de 45 projectos de investimento directo estrangeiro no valor de 193 milhões de dólares norte-americanos, estimulando a criação de empregos.

Entre eles estão 20 novos projectos no valor de 160 milhões de dólares norte-americanos, criando 17.300 postos de trabalho em 3 anos. Vários já estão a funcionar ou em fase de construção.

No 12 meses anteriores, entre Julho de 2005 e Junho de 2006, haviam sido aprovados 12 projectos de investimento directo estrangeiro.

“Coloquei a atracção de investimento estrangeiro e a criação de empregos nas primeiras prioridades do II Governo Constitucional. Agora começamos a ver surgirem novas oportunidades de emprego para o povo de Timor-Leste”, disse o Primeiro-Ministro e presidente-eleito Dr. José Ramos-Horta.

Os projectos aprovados destinam-se a vários sectores de actividade, da construção à agricultura, às pescas, ao turismo e infra-estrutura turística e ao micro-crédito. O investimento destina-se a diferentes regiões de Timor-Leste.

“As dificuldades que o país atravessou no ano passado não afastaram o interesse de investidores estrangeiros, do Japão, Coreia ou Malásia, à Austrália, Portugal ou Singapura”, disse o Dr. Ramos-Horta.

“O facto de eu ser conhecido como um Primeiro-Ministro pró-desenvolvimento e de estar decidido a que o Governo tivesse uma acção facilitadora do investimento, em vez de só levantar dificuldades aos investidores, teve um efeito benéfico”, reconheceu o Primeiro-Ministro cessante.

“Mas, agora, temos de criar condições de paz e estabilidade para os investimentos aprovados darem os seus resultados e conseguirmos um forte crescimento económico e uma melhoria do rendimento das pessoas”, afirmou.

“Quero garantir um ambiente que dê confiança aos operadores económicos, para que tragam o seu dinheiro e o seu know-how para Timor-Leste. O sector privado é fundamental para criar empregos e desenvolver o país”, disse.

“Na Ásia, como noutros locais, a experiência mostra que só países com capacidade para atraírem investimento estrangeiro conseguem ter fortes taxas de crescimento e melhorar de maneira sustentada o rendimento disponível das famílias”, acrescentou o Dr. Ramos-Horta.

Entre os sectores que atraíram mais investimento está o das Pescas, com 23 milhões de dólares norte-americanos em diferentes projectos de investidores da Coreia do Sul, da Malásia e da Austrália. Prevê-se que criem 2670 postos de trabalho em diversas zonas, como Lospalos, Com, Hera e Díli. Dois terços desse investimento foi já realizado.
No sector da Agricultura e Florestas, foram aprovados quatro projectos que devem criar mais de 14 mil postos de trabalho em Baucau, Ermera, Loes, Liquiçá, e Suai. O investimento aprovado soma 19 milhões de dólares norte-americanos.

Os dois maiores projectos aprovados, ambos para Díli, são de investidores de Singapura: um no sector do Petróleo e Refinação, no valor de 29 milhões de dólares norte-americanos, criando 170 novos postos de trabalho; e outro na Hotelaria, no valor de 27,5 milhões de dólares norte-americanos, com criação de 750 novos postos de trabalho.

Um projecto emblemático é o Edifício Vision, um investimento do grupo Wideform no valor de 25 milhões de dólares norte-americanos, a localizar numa zona nobre da baixa de Díli (conhecida por Hello Mister). Será o primeiro edifício em altura da capital de Timor-Leste, com 10 andares, projectado para utilização mista, residencial e comercial e incluindo piso para estacionamento automóvel. A concessão do terreno foi assinada em Março e o projecto arquitectónico de pormenor deverá estar pronto em breve. O investimento no Vision vai gerar 30/50 empregos permanentes e 50/70 na fase de construção.

O grupo Wideform, do casal Fernando e Estela Ferreira, conhecidos empresários portugueses há muito radicados na Austrália, iniciou também a operação uma oficina de Reparação Automóvel e comércio de peças sobressalentes, em parceria com a Associação de Veteranos das F-FDTL, que irá modernizar e qualificar a actividade de reparação automóvel em Timor-Leste, num momento em que a procura de serviços nesta área cresce muito rapidamente. Na fase inicial, esta parceria criou 15 postos de trabalho, podendo triplicar esse número quando estiver em plena actividade. É um projecto com uma componente forte de actualização técnica e tecnológica, com recuperação de instalações, modernização de equipamentos e formação profissional. Esta é proporcionada por mecânicos australianos experientes e dirigida, em primeiro lugar, a jovens em início de vida activa.

O sector da Hotelaria e Turismo despertou grande interesse nos investidores. Muitos dos projectos aprovados entraram em fase de construção ou estão a iniciar a actividade, respondendo à escassez de oferta de alojamento de qualidade para visitantes e residentes temporários. O número de postos de trabalho criados no sector ultrapassará os 2000.

O Hotel Califórnia, em Díli, na zona da praia de Metiau, tem um custo estimado de 1.7 milhões de dólares norte-americanos, criando 40 novos empregos e integrando áreas para reuniões e conferências internacionais. Propõe-se oferecer serviços de padrão internacional, com pessoal especialmente formado.

A Discovery Inn, um condomínio habitacional de 4 estrelas na baixa de Díli, já começou a funcionar. É um investimento de 750 mil dólares norte-americanos do grupo East Timor Trading, bem estabelecido em Timor-Leste. Integra um restaurante de nível internacional, com cozinha Europeia e do Sul da Ásia e, na fase inicial, cria 110 empregos, dos quais 70 serão postos de trabalho permanentes, muitos destes destinados a trabalhadores especializados formados para o efeito. O grupo projecta também um hotel de classe internacional com 120 quartos, com um valor de 10 milhões de dólares norte-americanos e criando 400 postos de trabalho.

O Arbiru Beach Resort é um hotel de 64 quartos que envolve um investimento de 530 mil dólares norte-americanos. O desenvolvimento do projecto, dirigido a visitantes estrangeiros e a residentes da capital, deverá criar centenas de postos de trabalho. Inclui uma área comercial e uma zona de animação nocturna.

O Micro-crédito Tuah Hun Unipessoal é um projecto original na área do desenvolvimento local sustentado. Dirigido aos pescadores de Timor-Leste, envolve um investimento de 2 milhões de dólares norte-americanos em instalações de apoio à respectiva actividade e criando 1000 empregos permanentes em três anos. – FIM

7 comentários:

  1. "Um projecto emblemático é o Edifício Vision..." e
    "Será o primeiro edifício em altura da capital de Timor-Leste, com 10 andares, projectado para utilização mista, residencial e comercial e incluindo piso para estacionamento automóvel"

    E eu pergunto: não está a cooperação portuguesa a financiar o Grupo de Estudos e Reconstrução de Timor-Leste, que já entregou ao Governo de Timor-Leste os planos de urbanização de Dili e Baucau? E este edifício de 10 (dez) andares está de acordo com o Plano de urbanização? Só espero que a garagem não seja subterranea, é que quando chove, há muita água....

    Já agora: não é nem a origem nem a quantidade de dinheiro que se investe que faz a qualidade dos projectos.

    Dili poderá ser uma das mais charmosas capitais da região, não lhe tirem essa mais valia.

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  2. Criticas, criticas e mais criticas e' a unica coisa que se pode esperar de pessoas como o anonimo de Sexta-feira, Maio 18, 2007 6:41:00 PM.

    Nao interessa se os projectos vao criar emprego que e' o que os Timorenses mais precisa neste momento. So o facto de ter sido resultado da visao dinamizadora de Ramos Horta ja merece criticas.

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  3. ola timor om line....estive a ler sobre os projectos de envestimento em timor leste,que é muito bom para timor e timorenses.No ano passado fui a Fatima,encontrei 7 raparigas timorenses todas jovens .Estavam em portugal a estudar um curso de hotelaria que tem a duração de 6 anos,financiado pela estado portugues,me convidaram para ir tomar um cafe a casa delas,um bom e grande apartamento com todas as condições.Serviram um belissimo cafe de timor a mim a minha esposa e filhas...estavam todas satisfeitas por nos receber em sua casa,e desejosas de regressar a timor para por em pratica tudo o que aprenderam no curso de hotelaria.eu e minha familia ficamos todos satisfeitos.adeus .O luis na costa da caparica

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  4. AO ANÓNIMO Sexta-feira, Maio 18, 2007 7:41:00 PM

    sim senhor, grande visão dinamizadora que vai por aí....
    quando a 'paixão' cega e partidária sobe à cabeça é o que dá!!! asneira.....

    então construir um edifício de dez andares em Dili é uma visão dinamizadora e capaz de criar emprego???? só mesmo nessa cabecinha pensadora!!!

    ponham mas é o plano de urbanização (global de Dili)apresentado e em discussão pública em execução, e esse sim é que vai significar muito mais investimento e emprego.....

    por falar no plano da gertil que acima refiro, o mesmo prevê como cércea mais elevada 1+5 pisos/andares....e só em determinadas zonas da cidade...
    no restante plano da cidade aparecerão zonas urbanisticas com 2, 3 e 4 andares.....

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  5. O Anónimo das 6:41 levanta questões muito pertinentes.

    Com efeito, o que interessa a Timor não é a quantidade ou o montante dos projectos. Podem ser 5, 20 ou até 500, mas se não houver um plano estratégico a médio/longo prazo onde eles se enquadrem, tudo isso pode agravar os problemas endémicos de que sofre Dili, uma capital demasiado obesa e assimétrica para a realidade do país.

    A pressa em "resolver" o problema do desemprego pode causar outros problemas ainda mais graves, que serão cada vez mais difíceis de resolver no futuro.

    O que é feito dos tais planos de urbanização?

    Quais são os planos económicos do Governo a médio/longo prazo?

    Que país queremos daqui a 50 anos?

    Estas são algumas das perguntas fundamentais que precisam de resposta.

    Senão, podemos ficar com a sensação de que tudo isto são obras de fachada para impressionar e desviar as atenções dos refugiados, da falta de saneamento, da má urbanização, da insegurança, etc.

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  6. SERA QUE O PRESIDENTE RAMOS HORTA VAI CUMPRIR AS SUAS PROMESSAS?
    FACO VOTOS AO NOVO PRESIDENTE DA REPUBLICA QUE COM VISAO POLITICA E ECONOMICA QUE ELE TEM POSSA CUMPRIR AS PROMESSAS E POR EM PRATICA RAPIDAMENTE DURANTE ESTES 5 ANOS DA PRESIDENCIA.

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  7. Infelizmente, apenas desenvolver projetos para criação de novos empregos pode criar varios problemas futuros, pois, uma vez que o país atrai investimento gerando renda para o mesmo e para seus cidadões, há o aquecimento do consumo interno, mas se o país não tiver condições de suprir a demanda, há então, o aparecimento de uma taxa de inflação cada vez mais alta e mais dificil de controlar, sendo assim o país necessita de um planejamento que envolva setores como taxa selic, balança comercial e aração de investimentos de uma forma regulamentada e regulada para que isso não ocorra.

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