terça-feira, maio 01, 2007

ONU reconhece falhas na organização das presidenciais

Diário Digital / Lusa
30-04-2007 20:33:00

A Missão da ONU em Timor-Leste (UNMIT) reconheceu hoje que, face aos critérios internacionais, a primeira volta das eleições presidenciais, realizada no passado dia 9, «não foi perfeita», mas destaca que a vontade dos eleitores foi cumprida.

A posição da missão, expressa em comunicado colocado no site da missão, vai ao encontro das críticas formuladas pela equipa de peritos eleitorais, nomeada pelo anterior secretário-geral da ONU, Kofi Annan, divulgada também hoje pela UNMIT, e que considera que de entre 52 critérios internacionais, 20 não foram cumpridos.

A equipa de peritos, formada pelo zimbabueano Reginald Austin, a portuguesa Lucinda Almeida e o australiano Michael Maley, considera que dos 52 critérios, 13 foram integralmente cumpridos, outros 13 foram parcialmente respeitados, 20 não foram executados e sobre os restantes seis não é possível avaliar se foram ou não realizados.

A primeira volta das eleições presidenciais, que ditou a passagem à segunda volta, a realizar a 9 de Maio, de Francisco Guterres «Lu-Olo» e de José Ramos-Horta, foi marcada por diversas alegações de manipulação e intimidações.

No seu comunicado, a UNMIT reconhece que, «embora a primeira volta das eleições não tenha sido perfeita, é consensualmente aceite que as eleições foram livres e justas, reflectindo a vontade dos eleitores».

Mais à frente, a UNMIT realça o facto de ter sido a primeira vez que eleições nacionais foram integralmente conduzidas pelas autoridades timorenses.

Referindo-se ao relatório elaborado pela equipa de peritos, resultante da estada daqueles especialistas em Timor-Leste entre 4 e 23 deste mês, a UNMIT salienta que se trata de um documento «preliminar», que cobre unicamente a primeira volta.

Os três peritos internacionais foram nomeados por Kofi Annan para verificarem cada fase do processo eleitoral, validando-o, de molde a que as eleições, presidenciais e legislativas, sejam consideradas livres, justas e transparentes, seguindo os padrões internacionais.

As primeiras eleições legislativas de Timor-Leste realizam-se no próximo dia 30 de Junho.

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