terça-feira, maio 01, 2007

Dos Leitores

H. Correia deixou um novo comentário na sua mensagem "Timor-Leste: CNRT defende participação activa e co...":

Gostava de saudar o aparecimento deste novo partido, embora ache o nome infeliz, partindo do princípio de que a sua escolha foi apenas fruto de falta de imaginação e não teve o intuito de induzir o povo em erro na hora da votação.

Sempre disse que Xanana devia fundar um partido, se queria envolver-se mais na política em geral e na governação em particular. Um Presidente não governa, nem por decreto nem com golpes mais ou menos palacianos e Xanana demorou tempo demais a aperceber-se disso - e quando se apercebeu já era tarde demais para desfazer certos erros graves que cometeu, cujas consequências continuam a repercutir-se diariamente no País.

A fundação de um novo partido permitirá também a Xanana demonstrar e aplicar na prática todos os preceitos, princípios, conselhos e lições de moral que tem pregado em relação à Fretilin, em relação à qual tem um antigo e persistente recalcamento. Felizmente, também neste aspecto Xanana chegou finalmente à conclusão de que não tem o direito nem a autoridade de obrigar outros partidos a pensarem e agirem como ele quer, só porque ele quer.

Vejo também com agrado que os muitos - demasiados - partidos timorenses chegam à conclusão de que têm todo o interesse em formarem coligações, alianças, etc, para alargarem a sua representatividade, em vez de cada um reivindivar o pretenso estatuto de verdadeiro representante do povo, ainda que em muitos casos representem pouco mais do que a família e alguns amigos.

No entanto, estas alterações - positivas - que enumerei não chegam. Defender a "participação activa das populações", "libertar o povo", defender a "unidade nacional em torno de objectivos supremos", "ouvir todos os timorenses", "combater a frustração", "o descontentamento" e o "desrespeito", "incutir uma cultura democrática", "de Justiça", "de transparência" e "de justiça social", "proporcionar ao povo um futuro melhor", para citar Eduardo Barreto, são apenas desejos muito vagos e que poderiam ser subscritos por todos os partidos do mundo - incluindo os comunistas de Fidel ou de Kim Jong Il.

Ficamos à espera de saber com que fórmula concreta é que o "CNRT" pensa atingir esses ambiciosos objectivos.

Ah! E já agora, registámos a ausência de Fernando Lasama, Mário Carrascalão e Xavier do Amaral...

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