Notícias Lusófonas
8.05.07
O presidente da Comissão Nacional de Eleições timorense defendeu hoje que é preciso o "máximo esforço" para assegurar a "credibilidade" nas presidenciais e atribuiu as deficiências da primeira volta à falta de preparação dos eleitores e oficiais eleitorais.
"Não podemos generalizar alguns problemas e duvidar do processo. Temos é de fazer o máximo esforço para assegurar a credibilidade deste processo no seu todo", afirmou Faustino Cardoso, em entrevista à Agência Lusa.
O responsável afirmou, contudo, que as presidenciais timorenses estão a decorrer de forma "transparente" e a reflectir a "vontade popular". Faustino Cardoso admitiu terem existido "certas deficiências" na primeira volta das presidenciais, a 09 de Abril, que atribuiu à "falta de preparação dos eleitores e dos oficiais eleitorais".
Faustino Cardoso explicou que alguns oficiais eleitorais "não estavam esclarecidos sobre as suas funções, competências e responsabilidades", razão pela qual a comissão enviou ao Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), que gere todo o processo, "notificações para melhorar a formação dos oficiais eleitorais e para distribuir toda a informação necessária aos fiscais dos candidatos".
"Todos, incluindo os partidos e os seus representantes, devem estar esclarecidos do mecanismo do processo de eleição para assim evitar desconfianças que possam surgir entre os fiscais e os oficiais eleitorais", afirmou.
Faustino Cardoso defendeu ainda que, no futuro, os técnicos envolvidos nos processos eleitorais terão de "elevar os seus conhecimentos e capacidades", ao mesmo tempo que as entidades envolvidas "terão de aprender com os erros para que não sejam cometidos a seguir".
à primeira volta das eleições presidenciais em Timor-Leste concorreram oito candidatos e de um universo de 522.933 eleitores, votaram 427.198, ou seja, 81,69 por cento do total.
Francisco Guterres "Lu Olo", candidato da Fretilin, venceu a primeira volta com 112.666 votos contra 88.102 votos conquistados por José Ramos-Horta, o candidato independente e o segundo mais votado entre os oito concorrentes.
A segunda volta está marcada para 09 de Maio e a tomada de posse do novo presidente, que substituirá no cargo Xanana Gusmão, agendada para 20 de Maio.
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