segunda-feira, maio 07, 2007

CNE diz que a Fretilin não apresentou queixa contra Ramos-Horta

O presidente da Comissão Nacional de Eleições de Timor-Leste disse hoje que a Fretlin "não apresentou" qualquer queixa ou prova de que José Ramos-Horta tenha comprado votos na primeira volta das presidenciais.

"Até agora, a Comissão Nacional de Eleições não recebeu qualquer carta protesto apresentada pela Fretilin, incluindo também o vídeo" que disseram ter como prova, afirmou Faustino Cardoso Gomes.

Em conferência de imprensa na passada sexta-feira, 04 de Maio, o secretário-geral adjunto da Fretilin, José Reis, afirmou que o partido tinha provas em depoimentos vídeo de que Ramos-Horta tinha comprado votos na primeira volta das presidenciais e prometeu divulgar as imagens com testemunhos a afirmarem terem sido pagos para votar no prémio Nobel da Paz.

José Reis afirmou também que o vídeo tinha "o depoimento de cinco testemunhas na área de Venilale, distrito de Baucau, que testemunham ter recebido dinheiro para votarem por Ramos-Horta e convencer outros a votarem também nele".

Dois dos testemunhos, acrescentou, afirmam que foi Ramos-Horta a entregar "pessoalmente dinheiro em troca dos seus votos".

A primeira volta das eleições presidenciais em Timor-Leste realizou-se em 09 de Abril último, tendo passado à segunda volta, que será disputada quarta-feira, Francisco Guterres "Lu Olo", da Fretilin, e o independente José Ramos-Horta.

Reis acrescentou que o partido tinha recebido várias alegações de compra de votos por Ramos-Horta mas que ainda não tinha tornado público os casos porque aguardava "provas concretas".

"Agora já temos essas provas e queremos isto investigado", disse José Reis, sublinhando que o envio de uma cópia do vídeo para a Comissão Nacional de Eleições tem como objectivo que o caso seja investigado e que aquele órgão "tome as medidas que pensem ser justas e apropriadas".

No mesmo dia a agência Lusa contactou Dionísio Babo, da campanha de Ramos-Horta, que rejeitou as acusações da Fretilin e garantiu que estas não tinham fundamento.

"Rejeito por completo", afirmou, quando se encontrava numa acção de campanha com José Ramos-Horta fora da capital timorense.

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