domingo, maio 06, 2007

Aritmética Pode Virar A Favor De Lu-Olo

Blog Timor Loro Sa’e Nação – 5 de Maio 2007
por: Malae Belu

Num universo de quase 523 mil eleitores recenseados votaram somente 395.127 cidadãos timorenses, nas eleições para a presidência da república, segundo informação do Secretariado Técnico da Administração Eleitoral de Timor-Leste. Também, segundo este organismo, a abstenção rondou 24.5%, correspondendo a cerca de 127 mil eleitores que optaram por não participar no acto eleitoral – significando que quase um quarto dos eleitores timorenses não votaram.

A possibilidade de Ramos Horta cativar os abstencionistas não tem parecido visível nesta segunda volta das eleições e se algum dos candidatos o tem feito não restam dúvidas de que o trabalho e as intenções vão direitinhos para Lu-Olo e para a organização da Fretilin. Ramos Horta parece estar a contar com o ovo no cu da galinha, que é como quem diz: isto já está ganho e o resto é cantigas… Mas poderá não ser tão fácil quanto possa parecer.

Lu-Olo tem possibilidades aritméticas provavelmente superiores às do seu antagonista, se quisermos tomar em consideração umas dezenas de milhares de abstencionistas nestas eleições, que anteriormente votaram – sendo que a maior parte das abstenções provêm de eleitores da Fretilin, assim como certamente irá recuperar votos, entregues a Lasama e outros, de eleitores que não vêem com bons olhos José Ramos Horta.

Conseguir vencer Horta nesta recta final, não será tão impossível quanto querem fazer crer os “matemáticos” que desesperam por entregar o país de bandeja ao governo australiano e aos insaciáveis sugadores do petróleo do Mar de Timor e do Suai. Horta sabe perfeitamente que a aritmética não lhe é tão favorável quanto querem fazer crer. Horta, refugiando-se em atitudes picuinhas e queixinhas procura encontrar sempre razões para denunciar as “ilegalidades” cometidas pelos elementos da campanha de Olo, contando para isso com a ajuda dos militares australianos – que não estão cá para outra coisa – assim como de toda a “nata” da UN, começando por Athul Khare e acabando nos funcionários anglófonos que descaradamente fazem campanha a seu favor.

Aussies “Fabricam Acontecimentos” Contra A Fretilin

Correm neste momento "rumores" em Dili sobre um acontecimento passado no distrito de Ermera relacionado com uma deslocação do ministro da justiça e do vice-ministro do interior em que tropas australianas os abordaram e concluíram que nas suas viaturas existia armamento e cerca de três mil dólares em dinheiro. A ocorrência disso não passou e os militares nada mais fizeram, nada mais puderam fazer – por ser perfeitamente legal, membros do governo deslocarem-se acompanhados de seguranças devidamente armados e terem dinheiro.

No entanto, houve o "cuidado", por parte dos militares australianos, de divulgarem o facto, empolando-o, na tentativa de, mais uma vez, “fabricarem acontecimentos” que possam denegrir a Fretilin, o seu candidato presidencial e oferecer vantagens a Ramos Horta.

Na verdade, para quem está esclarecido e tem possibilidades para o fazer, estas atoardas acabam por ter efeitos contrários aos pretendidos e contribuírem ainda mais – se isso fosse preciso – para nos certificarmos de que Ramos Horta não é um candidato timorense à Presidência da República, mas sim um candidato australiano à Presidência Timorense e controle do país.

Nem é o caso de… no melhor pano cair a nódoa, porque só não sabe quem Horta é se não quiser!

A verdade é que Ramos Horta e seus apoiantes estão a ver a “boa vidinha” andar para trás e mal será – para todos nós – que entrem em desespero, pois nessa altura os “casos e rumores" vão-se multiplicar, a agitação e violência também.
Não se esqueçam dos Reinados!

Sem comentários:

Enviar um comentário