Diário Digital / Lusa 02-04-2007 8:14:34
O exército australiano continua a tentar encontrar o paradeiro do major Alfredo Reinado, em fuga há cerca de um mês, admitindo, todavia, que o antigo chefe da Polícia Militar de Timor-Leste «já não representa uma ameaça».
Em declarações ao diário australiano Sydney Morning Herald, o comandante das tropas que a Austrália mantém em Timor-Leste, brigadeiro Mal Rerden, admitiu também que as operações militares para tentar capturar Reinado «não têm sido fáceis».
«Está a ser difícil, não o negamos. Se quisermos encontrar duas ou três pessoas que se tenham escondido nas montanhas será muito difícil capturá-las», sublinhou, sustentando, porém, que se Reinado se escondeu nas matas timorenses «nada poderá fazer».
"Se (Reinado) estiver a viver dessa maneira não vai conseguir nada. Já não tem qualquer influência quer sobre a situação política quer sobre a relativa à segurança», acrescentou o comandante australiano.
O brigadeiro Mal Rerden sublinhou que o major Reinado está «reduzido a viver em grutas», na companhia de «apenas dois ou três homens do seu grupo».
«Não tem qualquer maneira de se mover para qualquer outro lado. Terá de andar a pé», acrescentou.
Apesar da caçada, Reinado, que escapou ao cerco australiano efectuado no início de Março último em Same, a sul de Díli, onde cinco dos seus homens terão sido mortos, continua a fazer chegar mensagens aos órgãos de comunicação social.
A 27 de Março último, numa declaração enviada ao Timor Post, Reinado indicou que não é sua intenção prejudicar o processo eleitoral em curso em Timor-Leste, país que será palco de eleições presidenciais a 09 deste mês, a que se apresentam oito candidatos.
No comunicado, Reinado apelou aos eleitores timorenses para votarem na coligação PD/PSD/ASDT e pediu também para que se abstenham de votar quer no candidato da Fretilin, Francisco Guterres «Lu Olo», quer no actual primeiro-ministro José Ramos-Horta, que se apresenta como independente.
Alfredo Reinado, figura central da crise militar de Abril e Maio de 2006, evadiu-se da prisão de Becora, Díli, a 30 de Agosto desse mesmo ano, quando cumpria prisão preventiva por alegada posse de armas de guerra.
A Austrália ocupou o país mas parece que isso não preocupa alguma liderança timorense. Ramos Horta até já disse, como proposta eleitoral, que a ocupação deve continuar pelo menos por mais cinco anos. Aliás parece ser esse o seu projecto político como titular do órgão de soberania presidente da república: entregar a soberania a estrangeiros!E assim já poderá passear pelo mundo à vontade, à conta do orçamento timorense - o dinheiro do petróleo vai dar para muita passeata!
ResponderEliminarXanana tem revelado pouco respeito pela independência e imparcialidade com que o cargo de presidente da república deve ser exercido. Por isso tem sido, enquanto presidente incompetente e muito desastrado.
ResponderEliminarAlguns exemplos: o caso Rogério lobato é um caso claro de perseguição política de um ex- Ministro. Ninguém mais foi julgado, nem Rai.Lós, nem Reinado, nem Leandro Isaac...por um erro político, quando o país estava a saque, Ramos Horta aproveitou para se vigar pessoalmente de Lobato. à javanesa!
As eleições são marcadas na data que pessoalmente mais servirem os seus interesses partidários e do seu novo partido...uma vergonha!