Díli, 09 Abr (Lusa) - O candidato José Ramos-Horta afirmou hoje, pouco depois de votar nas eleições presidenciais que já decorrem em Timor-Leste, que os líderes políticos devem "acatar os resultados com responsabilidade e tranquilidade".
O candidato independente, também primeiro-ministro timorense, falava aos jornalistas momentos após ter votado numa escola primária de Metiauto, na periferia de Díli, onde aguardou na fila para, 15 minutos após a abertura das urnas, exercer o seu direito de voto.
"Tenho esperança que haja paz e tranquilidade e que os líderes políticos acatem os resultados com responsabilidade e fidelidade"", afirmou o candidato, o primeiro a votar dos oito que concorrem às presidenciais.
Ramos-Horta acrescentou que a votação é "mais uma demonstração de civismo e de responsabilidade do povo", mas alertou para o facto de as forças de segurança, nacionais e internacionais, estarem em "alerta" para qualquer desacato.
"As polícias nacionais e as forças internacionais estão todos alerta para qualquer desacato que possa haver de agentes provocadores", avisou o também Nobel da Paz e antigo chefe da diplomacia timorense, aludindo à existência, no terreno, de 1.645 polícias das Nações Unidas, 3.000 da polícia timorense e 1.300 das forças de estabilização, na sua maioria militares australianos.
Cerca de 15 minutos após a abertura das urnas, às 07:00 locais (23:00 de domingo em Lisboa), Ramos-Horta desdramatizou, por outro lado, a aparente fraca adesão às urnas, sublinhando que Metiauto é um "bairro pequeno", onde são "poucas as centenas de votantes" "Hoje não dormi bem. Caiu-me mal alguma coisa no estômago. Mas, em relação ao acto, estou tranquilo, à vontade.
É um acto bonito, democrático, que até agora tem decorrido com muita tranquilidade", afirmou Ramos-Horta à saída da Escola Primária nº 1 de Metiauto.
Por seu lado, o candidato da Fretilin, Francisco Guterres "Lu-Olo", vota cerca das 08:00 locais de segunda-feira (00:00 em Lisboa) numa escola primária do bairro de Motael, onde a Lusa verificou já que existem filas consideráveis de eleitores para votar.
PSP/JSD.
Lusa/Fim
Agência LUSA
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