Jornal O Povo (Brasil) - 07/04/2007, 00:10
Pela primeira vez desde a independência de seu pequeno país e num clima de grande preocupação, os habitantes de Timor-Leste vão na segunda-feira às urnas eleger um sucessor para o carismático presidente Xanana Gusmão. A votação, cujo resultado é difícil de se prever na capital Díli, será realizada em um ambiente tenso na jovem e pobre nação desestabilizada após um ano extremamente violento.
Um total de 232 observadores estrangeiros, 1.655 policiais da ONU e centenas de militares de uma força internacional tentarão assegurar uma eleição livre de fraudes e tumultos. Oito candidatos estão na disputa, entre eles o atual primeiro-ministro, o Prêmio Nobel da Paz José Ramos Horta.
Ele é ligado ao chefe de Estado, o ex-guerrilheiro separatista Xanana Gusmão, que vê com bons olhos a idéia de se tornar premier dentro de alguns meses. Os outros concorrentes com chances são Fernando Lasama, do Partido Democrata (PD), e Francisco Guterres (conhecido como Lu-Olo), da Fretilin, de orientação marxista, que simbolizou a luta de resistência dos timorenses do leste. Nos últimos dias, as manifestações de militantes de diferentes partidos foram alvo de pedras e flechas, às vezes envenenadas, de grupos rivais. Os policiais portugueses e os militares australianos tentam pôr fim aos confrontos, uma tarefa árdua em um ambiente repleto de ódio.
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