quarta-feira, abril 04, 2007

Ramos-Horta deixa a política se vier a perder presidenciais

Diário de Notícias
04-04-07

José Ramos-Horta revelou ontem que abandonará a vida política em Timor-Leste se vier a perder as presidenciais de domingo. "Estou totalmente relaxado e nem sequer me vou preocupar com isso. Se ganhar, ganhei. Se perder, ganho a minha liberdade. Há mais vida para além de se ser presidente da República ou primeiro-ministro", frisou, citado pela agência australiana AAP.

Candidato independente que conta com o apoio do Presidente Xanana Gusmão, Ramos-Horta esteve ontem em Baucau, onde contou com uma razoável recepção, enquanto as forças de segurança travavam uma manifestação da Fretilin, o maior partido do país, tentando evitar a repetição dos incidentes registados há uma semana em Viqueque.

Com este tipo de declarações, Ramos-Horta parece dar alguma razão aos seus adversários, que têm vindo a registar a pouca capacidade de mobilização da campanha do ainda primeiro-ministro.

Em flagrante contraste com as imagens proporcionadas pelo candidato da Fretilin, Francisco Guterres (Lu-Olo), ou até por Fernando Lassama Araújo, líder do Partido Democrático, a segunda formação do país, que há dias teve um grande comício em Manatuto.

"Aceitarei a mensagem do povo e não hesitarei em seguir o seu conselho, retirando-me (da vida política) a bem", disse Ramos-Horta., numa altura em que dois pelotões da GNR – compostos por 77 efectivos – chegavam a Díli, elevando o contingente da Guarda para 222 militares.

Uma medida que se enquadra no reforço das medidas de segurança em torno das eleições.

Sem comentários:

Enviar um comentário