Rádio Renascença – 11-04-2007 7:44
O candidato que segue com ligeira vantagem na corrida à Presidência timorense acusa a Fretilin de fraude eleitoral. Por seu lado, o partido recusa aceitar os resultados provisórios já divulgados.
Se a votação decorreu com total normalidade e civismo, à medida que os resultados provisórios são tornados públicos os candidatos vão reagindo e nem sempre da melhor forma.
Com 70% dos votos contados, é certa a realização de uma segunda volta das eleições presidenciais timorenses a 8 de Maio. Entre quem, resta apurar. São três os candidatos empatados – Francisco Guterres Lu-olo, Fernando Lassama e José Ramos Horta – com ligeira vantagem para o actual Primeiro-ministro (com funções suspensas).
Na terça-feira, a Fretilin, que apoia Lu-olo – veio refutar os dados divulgados, dizendo que o seu candidato era quem liderava a corrida, com cerca de 40% dos votos.
Recorde-se que, quando foi votar, Francisco Guterres se mostrou convicto da sua vitória à primeira volta.
Esta quarta-feira, Ramos Horta acusou a Fretilin de fraude eleitoral. O candidato que ainda é Primeiro-ministro diz que o partido intimidou as populações de alguns distritos para votarem em Francisco Guterres e pode, neste momento, estar a alterar os votos nas bases de dados dos computadores onde são inseridas as contagens.
Ramos Horta afirmou ainda que teria preferido que estas eleições tivessem sido organizadas exclusivamente pela ONU, e não por órgãos do Estado. Por fim, e no cenário de ser um dos candidatos na segunda volta, disse estar confiante de contar com o apoio dos outros candidatos e de muitos apoiantes da Fretilin.
Ainda hoje, a Comissão Nacional de Eleições deverá anunciar os resultados finais provisórios numa conferência de imprensa. Para já, o seu porta-voz, Padre Martinho Gusmão não teceu quaisquer comentários às acusações de ontem da Fretilin.
Áudio em:
http://www.rr.pt/informacaoDetalhe.aspx?AreaId=23&SubAreaId=54&ContentId=203317
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