quinta-feira, abril 26, 2007

GNR em Timor condecorados em dia de festa portuguesa e da ONU

Díli, 25 Abr (Lusa) - Um grupo de 143 militares da GNR estacionado em Timor-Leste foi hoje condecorado numa cerimónia que também assinalou os 33 anos do 25 de Abril e os 62 anos da primeira reunião para a constituição das Nações Unidas.

"O primeiro motivo para a escolha de dia de hoje foi porque há 33 anos, em 1974, decorria em Portugal a Revolução dos Cravos, que de forma pacífica, através de um movimento militar e popular, derrubou um regime de ditadura de quase 50 anos e instituiu um regime democrático, sendo o dia de hoje, para além de feriado nacional, designado por Dia da Liberdade", afirmou o capitão Jorge Barradas.

O líder do contingente da GNR em Timor-Leste salientou também que essa liberdade conquistada em Portugal "representa a razão que trouxe a GNR para Timor-Leste (...) numa primeira fase a fim de repor a lei e a ordem, o que foi alcançado de forma notável (...) e numa segunda fase permitir que a mesma liberdade democrática" de escolha dos dirigentes da Nação "possa igualmente decorrer em Timor-Leste" neste período eleitoral.

Jorge Barradas lembrou ainda que há 62 anos tinha lugar em São Francisco (Estados Unidos) a primeira reunião para a fundação da Organização das Nações Unidas com a participação de 50 países, uma data que "representa o espírito de ajuda internacional" que na está base da criação da organização e da sua própria intervenção em Timor-Leste.

Jorge Barradas elogiou ainda o "desempenho e disponibilidade permanente" do subagrupamento Bravo que comanda e recordou que algumas das missões foram "cumpridas com sucesso e muitas vezes em condições extremamente difíceis".

Os elogios ao trabalho e ao empenho da GNR em Timor-Leste foram ouvidos também pelo representante do Secretário-Geral das Nações Unidas, Atul Khare, que disse estar "orgulhoso da resposta positiva de Portugal" ao desafio de trabalhar em Timor-Leste e sublinhou o "grande contributo" daquela força portuguesa na estabilização do território e numa acção "reconhecida pela população".

Já Jacob Fernandes, vice-presidente do Parlamento Nacional de Timor-Leste, afirmou que o país tem um "profundo reconhecimento pelo trabalho da GNR" e classificou de "essencial e insubstituível" o papel da força portuguesa.

"O trabalho da GNR em Timor-Leste tem sido desenvolvido com mestria e profissionalismo e isso é uma evidência para todos nós" e para a população, que "constantemente elogia o seu trabalho", sublinhou.

"São exemplos a seguir para as polícias nacionais de Timor-Leste", defendeu Jacob Fernandes.

A medalha hoje entregue aos 143 militares da GNR que irão permanecer em Timor-Leste até meados de Julho é atribuída a todos as forças que participam por mais de três meses em missões de Paz das Nações Unidas.

JCS-Lusa/Fim

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