quarta-feira, março 21, 2007

Dos leitores

Margarida deixou um novo comentário na sua mensagem "A Diferença":

Num e-mail que lhe enviei confessei ao Provedor do leitor do Público que depois das explicações confusas dadas por Adelino Gomes (AG) sobre a questão pertinente levantada pela leitora Maria Santos, que fui obrigada a reconhecer que o objectivo dessa peça de AG foi tão somente de transmitir a mensagem que “Ramos-Horta está à frente nas ‘sondagens’”, como Maria Santos assinala.

Achei ‘confusas’ as explicações de AG, nomeadamente estas:
1º -Na versão “Três perguntas a…” se escrevesse ‘Inquérito’ teria que acrescentar “telefónico feito por um jornal local, o que se tornaria impossível, dado o limite de caracteres da entrada”.

2º Na versão ’Entrevista com’ (conforme publicado) isso implicou “graficamente, a necessidade de fazer uma entrada com menos de metade dos caracteres da anterior, seguida de um pequeno texto introdutório”.

É pois o próprio que nos explica candidamente que afinal na entrada tinha que constar obrigatoriamente a mensagem que “Ramos-Horta está à frente nas ‘sondagens’” sendo que estas afinal não passavam de…um inquérito telefónico feito por um!

E não bastando isto, AG ainda piora as coisas ao chamar às tais ‘sondagens’ que afinal eram ‘inquéritos’, ‘trabalho’, ‘este tipo de informação’ e até ‘curiosidade’ ao concluir a sua peça: “São evidentes as limitações deste tipo de trabalho. (…) Mas penso que, não há possibilidade de lhe escapar, em termos jornalísticos. Nem em Timor-Leste, nem aqui. Com a vantagem, no que respeita a Portugal, de este tipo de informação, dada a distância, funcionar mais como uma curiosidade.”

E depois do que sabemos ter acontecido, nem há tanto tempo como isso, em locais tão diferentes como a Jugoslávia, Geórgia, Ucrânia, Bielorrússia, Kyrgyzstão (só para mencionar uns tantos), e do papel central nesses acontecimentos das ‘sondagens’, ‘inquéritos’, ‘trabalhos’, ‘este tipo de informação’, ‘curiosidades’, como AG lhe queira chamar, não terei a notável contenção da Maria Santos e não acho nem que AG é um profissional “exemplar” e muito menos que se distraiu. E lamento-o.

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