segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Soldado da GNR investigado por perda de arma

Díli, 18 Fev (Lusa) - Um soldado da GNR em Timor-Leste está a ser investigado por perda da sua arma de serviço, num incidente considerado "muito grave" pelas instituições envolvidas, confirmou à Lusa fonte da Guarda em Díli.

O incidente ocorreu "há cerca de dez dias" durante uma operação na periferia da capital timorense, com o roubo de uma arma a um elemento da GNR "à civil, mas em serviço", declarou à Lusa um oficial do subagrupamento Bravo.

A arma que não voltou ao quartel é uma pistola HK-USP Compact, de 9 milímetros, arma pessoal dos soldados do subagrupamento Bravo.

"Estas situações são sempre tratadas como graves", sublinhou o mesmo oficial da GNR.

"Estamos a avaliar, por um lado, qual o grau de responsabilidade do militar e, por outro, estamos a fazer todos os possíveis para recuperar a arma", adiantou a fonte.

Os procedimentos de segurança internos dos soldados da GNR foram "revistos e reforçados" para evitar a repetição de incidentes como este, acrescentou o oficial, que não está autorizado a prestar quaisquer outras informações.

Além da investigação interna feita pela GNR, o caso é alvo de uma investigação paralela da UNMIT, a missão integrada das Nações Unidas em Timor-Leste, e está ainda a ser acompanhado pelos serviços de inteligência timorenses.

O subagrupamento Bravo, com 143 soldados, é uma das quatro FPU (unidade de polícia formada) que operam em Timor-Leste no quadro da missão internacional de paz.

A perda de armas de serviço "não é uma situação virgem mesmo em Portugal", comentou outra fonte da GNR em Díli, sublinhando que o incidente ocorre na contracorrente da folha de serviços "inatacável" do subagrupamento Bravo no país.

É um factor de consternação adicional para o comando do subagrupamento Bravo o facto de a investigação ser conhecida no segundo dia de férias do seu comandante, capitão Barradas, e também dois dias depois da visita a Timor-Leste do secretário de Estado adjunto e da Administração Interna, José Magalhães.

A visita serviu para definir em detalhe a proposta portuguesa de reforço do seu contingente na missão internacional.

O Governo português propõe a Timor-Leste e às Nações Unidas reforçar o subagrupamento Bravo com dois pelotões, ou entre sessenta a oitenta soldados, depois de avaliar as necessidades operacionais e os custos logísticos.

A decisão final cabe às Nações Unidas que poderão decidir a 22 de Fevereiro, em Nova Iorque, o envio dos dois pelotões da GNR para Timor-Leste.

PRM-Lusa/Fim
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1 comentário:

  1. Nao e por um militar negligente que foi em missao namorar para a praia dos portugueses e lhe terem roubado a arma que deixou no carro, que se vai manchar a folha de serviço deste agrupamento. Força GNR

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