domingo, fevereiro 18, 2007

Portugal pode reforçar GNR com 80 soldados

Díli, 16 Fev (Lusa) À Portugal pode reforçar o contingente da GNR em Timor-Leste "com mais 80 soldados", disse hoje à Agência Lusa uma fonte militar portuguesa.
A proposta de reforço do subagrupamento Bravo da GNR prevê o envio para Timor-Leste de mais dois pelotões.

"Neste caso, o tamanho dos pelotões pode variar um pouco, para mais" homens, cerca de dez em relação à estrutura normal de 30 soldados num pelotão da GNR, explicou a mesma fonte.

O reforço do subagrupamento Bravo com 80 soldados aproxima-se das necessidades operacionais solicitadas a Portugal pelo governo timorense, no quadro da missão integrada da ONU (UNMIT) e tendo em conta a aproximação das eleições presidenciais e legislativas no país.

"Estão a ser feitos esforços importantes para que haja segurança reforçada" no período eleitoral, declarou hoje em Díli o secretário de Estado adjunto e da Administração Interna, José Magalhães.

"É preciso tomar medidas e isso passa pelo reforço português" em Timor-Leste, adiantou José Magalhães, que terminou os dois dias de visita oficial com um encontro com o ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri, secretário-geral da Fretilin.

A oferta portuguesa para reforçar do subagrupamento Bravo está a ser discutida nas Nações Unidas e uma resolução que a enquadre poderá ser adoptada em Nova Iorque no dia 22 de Fevereiro, adiantou hoje o representante especial do secretário-geral da ONU, Atul Khare, no seu regresso a Díli.

O envio e a instalação de dois pelotões poderá exigir cerca de seis semanas até o contingente ficar operacional em Timor-Leste, segundo o tenente-general Mourato Nunes, comandante-geral da GNR, que fez parte da comitiva de José Magalhães.

O pedido inicial de Timor-Leste a Portugal foi de uma segunda Unidade de Polícia Formada (FPU na terminologia actual da ONU), que normalmente tem cerca de 140 elementos.

O subagrupamento Bravo, com 143 homens, é uma das quatro FPU a operar em Timor-Leste, além das forças integradas da Malásia, Paquistão e Bangladesh.

José Magalhães deixou claro em Díli que Portugal está disponível para o reforço operacional mas que tal não significa o envio de uma nova FPU.

A constituição de um "subagrupamento Charlie", como seria chamada a segunda FPU portuguesa em Timor-Leste, duplicaria os custos sem um ganho operacional proporcional, uma vez que parte do contingente e do material seriam ocupados em funções logísticas que podem ser asseguradas pelo subagrupamento Bravo.

"A Guarda guarda bem", comentou o secretário de Estado português no final da sua visita ao subagrupamento Bravo, quinta-feira.

A projecção de uma força integrada como o subagrupamento Bravo custa cerca de quatro milhões de euros e a sua manutenção significa uma factura anual de cerca de dez milhões de euros. Deste valor, a ONU assegura apenas cerca de 25 por cento.

PRM Lusa/Fim
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