sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Oposição une-se contra a Fretilin

Diário de Notícias, 23/02/07
Por: Armando Rafael

Os três principais partidos da oposição timorense anunciaram ontem terem chegado a acordo para a formação de uma coligação governamental depois das eleições legislativas que deverão ocorrer até ao início de Julho.

A revelação foi feita pela Lusa que invoca um acordo assinado, em Díli, pelos líderes do Partido Democrático (PD), Fernando Lassama Araújo, do Partido Social-Democrata (PSD), Mário Carrascalão, e da Associação Social-Democrática Timorense (ASDT), Francisco Xavier do Amaral.

Nas eleições realizadas em 2001, PD (com 8,7%), PSD (8,2%) e ASDT (7,8%) totalizaram 24,7% dos votos, contra os 57,4% alcançados pela Fretilin, liderada por Mari Alkatiri.

Com esta iniciativa, os três partidos prometeram envidar todos os esforços para retirarem a maioria absoluta à Fretilin, comprometendo-se, desde já, a oferecer uma alternativa governativa ao povo timorense.

Sendo certo que os três partidos vão concorrer separadamente a umas eleições que só deverão ser convocadas por Xanana Gusmão na sequência das presidenciais que estão marcadas para 9 de Abril.

De acordo com o documento que ontem foi assinado pelos presidentes dos três partidos que estão envolvidos nesta plataforma, o objectivo do PD, PSD e ASDT passa por "retirar o máximo proveito das capacidades intelectuais dos quadros e dos militantes" daquelas formações, tendo em conta que a realidade timorense "não está a corresponder ao sonhos de um país moderno, solidário, próspero, justo e democrático".

Resta saber o que irá suceder até às legislativas, tendo em conta que os três partidos apoiam candidatos distintos nas presidenciais: o PSD lançou Lúcia Lobato; a ASDT optou por Francisco Xavier do Amaral; e o PD poderá vir a apoiar a candidatura do primeiro-ministro José Ramos-Horta.

Mas tudo poderá ser diferente, caso Xanana Gusmão avance, entretanto, com o seu próprio partido, iniciativa que, segundo o Sydney Herald Tribune, poderá vir a adoptar a sigla CNRT, recordando o Conselho Nacional da Resistência Timorense que, em 1999, reuniu todos os partidos timorenses numa única plataforma em defesa do referendo que conduziu Timor-Leste à independência três anos depois.

2 comentários:

  1. Seria bom que oposição se juntasse toda e escolhesse um candidato para as presidenciais. Assim estes três partidos que assinaram a coligação, levam cada um o seu candidato para as presidenciais, respectivamene a Lucia Lobato, candidata do PSD, La Sama do PD e Xavier do Amanral do ASDT. O que vai acontecer ? Os votos da Oposição ficam automáticamente divididos , o que dá vantagem ao possivelmente ao Ramos Horta e ao Lu Olo, com Lu Olo a ganhar na segunda volta. E dai talvez ate esteja bem engando, os candidatos dos partidos minoritarios como o João Carrascalão da UDT e o Avelino Coelho do PST poderão ficar a frente do Horta que creio não é nada popular. Até poderá ser um destes dois últimos a contestarem o LU O'OLO. Brincam com o fogo e depois dizem que a FRETILIN é que tá a estragar tudo! A Oposição é fraca porque a sua estratégia é fraquissima!... Só isso é que está a dar força á FRETILIN...aprendam gente da Oposição!

    Manecas de Fatu Hada


    Vamos lá a ver....

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  2. Atencao que Joao Carrascalao ja declarou nao aceitar ser candidato partidario. Aceita que partidos politicos apoiem a sua candidatura, mas nao qie o candidatem

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