Díli, 28 Fev (Lusa) - João Carrascalão, da União Democrática Timorense (UDT), e Francisco Xavier do Amaral, da Associação Social-Democrata Timorense, a presentaram hoje oficialmente as suas candidaturas às eleições presidenciais de 09 de Abril em Timor-Leste.
***
Carrascalão e Xavier do Amaral candidatos a PR
João Carrascalão, da União Democrática Timorense (UDT), e Francisco Xavier do Amaral, da Associação Social-Democrata Timorense, apresentaram hoje oficialmente as suas candidaturas às eleições presidenciais de 9 de Abril em Timor-Leste.
Sendo ambos presidentes dos respectivos partidos, tanto João Carrascalão como Francisco Xavier do Amaral afirmam candidatar-se como independentes.
Francisco Xavier do Amaral, que apresentou a sua candidatura no suco de Ulmera, distrito de Liquiçá (a cerca de 40 quilómetros de Díli), declarou à Lusa que vai suspender o seu cargo na ASDT.
João Carrascalão continuará na presidência da UDT durante a campanha eleitoral.
Francisco Xavier do Amaral, que completa 70 anos em Dezembro, foi o primeiro chefe de Estado da República Democrática de Timor-Leste, mas exerceu o cargo apenas nove dias antes da invasão indonésia - de 28 de Novembro a 7 de Dezembro de 1975.
«Quero acabar com as lágrimas nas caras das pessoas», explicou à Lusa o decano da política timorense, recordando que «a inspiração vem de quando perguntava aos patrícios timorenses quando é que toda a tragédia ia terminar».
«Vejo que os meus sonhos nesta idade não se realizaram plenamente», acrescentou o líder da ASDT, justificando que se candidata «para criar estabilidade para toda a nação e justiça igual para todos».
A justiça é também um dos pontos importantes no programa de João Carrascalão, que se candidata devido «à crise que o país atravessa há mais de um ano» e ao «sofrimento continuado» do povo timorense.
«Tenho consciência das limitadas funções que a Constituição da República Democrática de Timor-Leste atribui ao mais alto magistrado da nação, mas não tenho dúvidas quanto à contribuição do Presidente na boa condução dos actos governativos», refere o manifesto de João Carrascalão.
Carrascalão realçou o papel da família na sociedade timorense, lembrou a população muito jovem do país e dirigiu uma palavra aos veteranos da luta, «a quem o país deve reconhecimento, consagrado até na Constituição».
«Mas não podemos esquecer-nos que a vitória foi alcançada pela luta de todo o povo», acrescentou João Carrascalão, «uma luta que não acabou, apenas mudou de objectivo».
Na corrida às presidenciais timorenses estão também o actual primeiro-ministro, José Ramos-Horta, o presidente do Parlamento timorense, Francisco Guterres «Lu Olo», apoiado pela Fretilin, principal partido político, a jurista Lúcia Lobato, pelo PSD, o deputado Manuel Tilman, do partido Kota, e Avelino Coelho, do Partido Socialista Timorense (PST).
Diário Digital / Lusa
Quero saudar as duas últimas candidaturas, de Xavier do Amaral e de João Carrascalão. Assim, o leque de escolha é mais alargado e o povo tem 7 alternativas de bom nível para escolher o próximo Presidente da república. Que ganhe o melhor!
ResponderEliminarAssocio-me as palvras bem democraticas do Senhor H Correia. Que ganhe o melhors desses candidatos!...
ResponderEliminarAo João Carrascalão a simpatia pela sua candidatura e boa sorte. Porém, poderia ter ficado em casa e deixado ir outro nome ou simplesmente ter a coragem de apoiar o Lu'olo. Como cunhado de Ramos Horta vai desistir a favor do candidato australiano. "A ver vamos", como dizia o cego!
ResponderEliminarAgora é que vamos ver quais os candidatos que começam a fazer promessas eleitorais que um Presidente não tem constitucionalmente competências para realizar.
ResponderEliminarE mais para a frente veremos se alguém desiste em favor de outrém.
Tenho para mim que Ramos Horta vai tentar conquistar algumas desistências em seu favor.
Veremos....