Lisboa, 08 Fev (Lusa) - A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) vai nomear um representante em Timor-Leste, tendo em vista a realização de eleições presidenciais e legislativas naquele país, disse hoje à Lusa o secretário-executivo da organização.
Segundo o embaixador Luís Fonseca, a CPLP está a preparar duas acções importantes: a primeira é a criação de uma representação, que permita acompanhar mais de perto a evolução dos acontecimentos e a segunda visa preparar a participação com observadores nos dois processos eleitorais.
"Timor-Leste constitui, sem dúvida, uma das grandes prioridades políticas (da CPLP) e a sua situação tem merecido toda a atenção por parte da Comunidade", frisou.
Luís Fonseca, que falou à Lusa no final da sessão solene de abertura do I Congresso Internacional da Lusofonia, iniciativa da Universidade Lusófona, estabelecimento de ensino universitário privado português, salientou que as eleições em Timor-Leste "irão definir com bastante clareza o futuro" daquele país.
"Todos os países e povos da CPLP estão interessados em apoiar Timor-Leste", garantiu. "Estamos com muita esperança que as dificuldades por que tem passado serão, finalmente, resolvidas e o povo timorense poderá desfrutar do futuro com que sonhou. Sobretudo porque se trata de um pais que dispõe de recursos que a médio prazo lhe permitirão viver sem grandes dificuldades", acrescentou.
Relativamente a quem representará a CPLP em Díli, Luís Fonseca disse que vai ser convidada uma personalidade local. "Vamos avançar com a criação de uma representação, cuja presença física será provavelmente ocupada por uma individualidade local", afirmou.
O secretário-executivo da CPLP referiu ainda que a organização "está a programar deslocações dos seus dirigentes a Díli".
A CPLP criou a sua primeira representação num país lusófono em 2005, na Guiné-Bissau, tendo o cargo sido ocupado pelo diplomata brasileiro Carlos Moura.
A CPLP foi criada em 1996 e inclui os oito países de língua oficial portuguesa (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste). Da organização fazem ainda parte a Guiné-Equatorial e as Ilhas Maurícias ambas com estatuto de países observadores.
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