Público – 20.02.2007
Jorge Heitor
Os responsáveis pelas milícias pró-indonésias que actuaram em Timor-Leste depois do referendo de 1999 que se pronunciou a favor da independência poderão ser amnistiados se colaborarem nos inquéritos que ontem começaram a ser realizados, na ilha de Bali, pela comissão verdade e amizade (CVA).
A amnistia para os que cometeram crimes é uma via possível para consolidar a reconciliação entre a indonésia e Timor-Leste, depois de terminar a missão de 10 personalidades escolhidas para investigar os actos de violência registados em 1999 e durante os quais morreram mais de mil pessoas.
O antigo ministro indonésio dos negócios estrangeiros Ali Alatas, que desempenhou o cargo de 1988 a 1999, foi um dos primeiros a serem ouvidos neste processo que vai decorrer durante vários meses e coincidir com as eleições presidenciais e legislativas em Timor-Leste.
Até Junho, a CVA espera ouvir o actual presidente timorense, Xanana Gusmão, o antigo chefe de estado indonésio Baharuddin Habibie, o ex-comandante das forças armadas de Jacarta general Wiranto e o comandante das antigas milícias timorenses pró-indonésias Eurico Guterres, até agora o único que se encontra preso.
o parlamento em Díli recebeu, entretanto, para ser debatido, o tratado assinado com a Austrália de partilha dos recursos de petróleo e de gás natural no mar de Timor, muito em especial no campo de Greater Sunrise.
O Valor do petróleo
10.000 milhões de dólares (7611 milhões de euros) é quanto o campo de Greater Sunrise poderá dar nos próximos 20 anos a Timor-Leste, em petróleo e gás natural.
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