Rádio Renascença – 3 de Janeiro de 2007, 0:15
Timor-Leste já poderia ser auto-suficiente, bastava querer, afirma o Primeiro-ministro Ramos Horta, em entrevista à Renascença.
O chefe do Governo timorense garantiu que o país vai passar a receber todos os meses entre 80 a 100 milhões de dólares, dos lucros do petróleo e gás de Timor.
Esta verba surge seis anos antes do previsto e vem juntar-se ao dinheiro dos doadores que ronda os 100 milhões de euros. Portugal consta como um dos principais contribuintes. “Nós já poderíamos ser auto-suficientes, se assim o quisemos. Neste momento, a nível do Orçamento Geral do Estado, não temos, praticamente, qualquer apoio internacional”, afirma Ramos Horta em entrevista à Renascença.
Noutro plano, o Primeiro-ministro acredita que ainda é possível realizar eleições em Timor-Leste, a 20 de Maio. O ex-ministro dos Negócios Estrangeiros diz que as condições de segurança já permitem o escrutínio e assegura os mecanismo legais.
Se todos se empenharem, diz Ramos Horta, as presidenciais e legislativas ainda podem ter lugar na data prevista. “As Nações unidas organizaram com sucesso eleições em países como Afeganistão, Iraque, Haiti ou o Congo, em que a situação, comparando com Timor, é da noite para o dia (...), por isso creio que por razões de segurança não há motivos para que as eleições se realizem”, sublinha o Primeiro-ministro timorense.
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