domingo, janeiro 07, 2007

De um leitor

(Tradução da Margarida)

Appolo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Processo contra Mari Alkatiri foi arquivado":

Timor-Leste sem Mari e sem portugueses é um Timor-Leste sem esperança, sem progresso, sem desenvolvimento, sem educação. Mari saiu há muito tempo e contudo continua a violência, as mortes e a insegurança. Mari saiu e morreram muito mais pessoas desde então. Mari saiu e serviços como a Electricidade são cortados. Mari saiu e agora temos um PM que passa a maior parte do seu tempo fora do país. Mari saiu e agora temos um PM que emite documentos somente em Inglês. Mari saiu e agora temos um PM que bate nas crianças e pior ainda, bate na criança em público.

As tropas Australianas vieram e a violência cresceu como nunca. A GNR veio e o Reinado foi preso. Há tantas tropas australianas por aí e contudo não apanharam o Reinado.
Fica Timor-Leste realmente melhor sem Mari, sem os portugueses e sem a língua portuguesa?
Está Timor-Leste em melhores mãos agora? Temos realmente a certeza que no futuro as crianças timorenses não têm de passar por tudo isto outra vez e outra vez?

Tenho pena de todos os que pensam que toda esta “situação” aconteceu por uma razão boa.
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6 comentários:

  1. Vou contar uma história um tanto ao quanto rápida porque o tempo urge; pelo que, solicito, sejam indulgentes com a prosa..
    Durante a guerra colonial, numa picada de Angola, seguia uma coluna militar.
    A dado momento soa um tiro vindo da mata e os soldados que estavam em cima da viatura unimog saltam todos para debaixo desta, a fim de se protegerem – tudo de acordo com os manuais militares.
    …Nada mais aconteceu!
    A páginas tantas, há um militar, já chateado de estar debaixo da viatura que, em bom português disse: “filho da puta do turra”!!!
    Imediatamente, alguém dentro da mata, acoitado pela vegetação, diz: “puta era a tua mãe, cabrão”!
    …Bom, a “guerra” a partir dai passou à dos insultos.
    A história não é minha, li-a já não sei quando num jornal e o autor utilizava-a para ilustrar a tese de que a guerra de colonial mais parecia uma luta entre irmãos desavindos do que outra coisa.
    Fiquei com a história na memória.
    Depois disso tive ocasião de ler alguns escritos sobre a colonização portuguesa que diziam que esta forçosamente era diferente das outras colonizações porque o soldado português, designadamente de Trás-os-Montes, não tinha um nível cultural superior ao do “indígena”; pelo que, não se sentia superior a este – o que permitia desenvolver o principio ideológico do regime do “ Minho a Timor só um Portugal” e que a montanha mais alta de Portugal era o “Ramelau”. Note-se, nada de confusões, esta da montanha, aprendia-a nos bancos de escola em Angola.
    … meus irmãos Timorenses: durante a crise de Abril / Maio de 2006, enquanto toda a gente foi evacuada; concretamente, os Australianos, em Dili só se viam dois tipos de pessoas: os “chinas” que mantinham os comércios abertos por causa do lucro e os portugueses e brasileiros que continuavam a fazer a vida “normal” entre a praia do Cristo, o Hotel Timor, o restaurante do Carlos e o “Exótica”. (Note-se que para os Brasileiros a violência em Díli era inexpressiva relativamente ao Rio de Janeiro).
    … meus irmãos Timorenses: não sei se os portugueses são melhores que os Australianos, tenho até duvidas que os portugueses sejam bons para eles próprios, agora sei que se quiserem pessoas desinteressadas para reconstruir o vosso País, se quiserem “desenrascas”, gajos que bebam umas cervejas convosco e que vos dêem umas palmadas nas costas e arregassem as mangas para trabalharem lado a lado – então, só podem contar com os portugueses.
    Expatriado.

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  2. Bem vindos de volta Malais Azuis. Senti a vossa falta nestas semanas... desapareceram sem aviso.
    Espero que estejam de regresso para continuar o vosso excelente trabalho. Não nos voltem a deixar sem pelo menos uma explicação... por favor!
    João Santos, Condeixa

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  3. COMO UM FILHO DO POVO MAUBERE, SO QUERIA AFFIRMAR UMA COISA: ESTOU SEMPRE GRATO AO BOM TRABALHO QUE OS AMIGOS PORTUGUESES E PRINCIPALMENTE OS SEUS SUCESSIVOS GOVERNANTES TE^M FEITO E CONTINUARAO A FAZER PELO PROGRESSO E O BOM DO POVO E A NACAO TIMORENSE!

    O VERDADEIRO AMIGO SO SE PODE CONHECER E DISTINGUIR ENTRE OS FALSOS, QUANDO A GENTE SE ENCONTRA NOS MOMENTOS DIFICIEIS E DOLOROSOS NO PROCESSO DE RECONSTRUCAO DO NOSSO AMADO TIMOR LESTE! OS PORTUGUESES JA NOS MOSTRAM O VALOR DA VERDADEIRA AMIZADE NESTE SENTIDO!

    VIVA TIMOR LESTE E PORTUGAL!

    BAUCAU 2007

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  4. COMO UM FILHO DO POVO MAUBERE, SO QUERIA AFFIRMAR UMA COISA: ESTOU SEMPRE GRATO AO BOM TRABALHO QUE OS AMIGOS PORTUGUESES E PRINCIPALMENTE OS SEUS SUCESSIVOS GOVERNANTES TE^M FEITO E CONTINUARAO A FAZER PELO PROGRESSO E O BOM DO POVO E A NACAO TIMORENSE!

    O VERDADEIRO AMIGO SO SE PODE CONHECER E DISTINGUIR ENTRE OS FALSOS, QUANDO A GENTE SE ENCONTRA NOS MOMENTOS DIFICIEIS E DOLOROSOS NO PROCESSO DE RECONSTRUCAO DO NOSSO AMADO TIMOR LESTE! OS PORTUGUESES JA NOS MOSTRAM O VALOR DA VERDADEIRA AMIZADE NESTE SENTIDO!

    VIVA TIMOR LESTE E PORTUGAL!

    BAUCAU 2007

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  5. Sim, amigo Kailolo! Viva Timor-Leste, viva Portugal e vivam todos os paises que desinteressadamente apoiam os timorenses na sua luta para sairem do buraco em que alguns timorenses apoiados por alguns daqueles a quem vamos dando vivas nos meteram .Portugal, sim, mas portugueses, nem todos. Australianos, sim, mas tambem nem todos. Timorenes sim, mas aqueles que manobram a violencia que decorre actualmente em Dili, devem ser mandados para o inferno.

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  6. Subscrevo inteiramente o último comentário. Infelizmente, há sempre algumas ovelhas ranhosas em Timor, Portugal, Austrália, etc. Mas o povo sabe muito bem distinguir os traidores dos verdadeiros amigos, independentemente da nacionalidade.

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