domingo, janeiro 21, 2007

39 dias marcantes em Timor

Rádio Renascença – 19-01-2007 11:51


Chegou esta semana a Portugal a equipa do INEM que, durante mais de um mês, esteve em Timor-Leste a ajudar portugueses e timorenses.

O Instituto Nacional de Emergência Médica está integrado no contingente da GNR desde Junho e tem por principal missão dar apoio aos militares e comunidade lusa, mas pelo caminho acabaram por ajudar muitos timorenses.

Foram muitos os feitos concretizados pela equipa recém chegada, mas um ficou na memória: salvar a vida de uma criança no Dia de Natal.

“O melhor que tenho é o sorriso dele”, afirmou à Renascença Rodrigo Goraieb, o médico da equipa.

Tratou-se de uma operação delicada, feita num país onde falta quase tudo: “Não têm uma tumografia computorizada, não têm um laboratório para análises clínicas, não têm um banco de sangue confiável, não têm, não têm, não têm…”, adianta o clínico.

Durante um mês de serviço, a equipa do INEM assistiu mais de 300 portugueses e mais de 200 timorenses nos campos de deslocados – um apoio num país que tenta ganhar autonomia na área da saúde.

“Sempre que se pega num país subdesenvolvido com as condições de higiene e de pobreza como as de Timor, do ponto de vista de saúde pública significa começar pelo básico – e acho que o Governo tem isso em mente e está a fazê-lo – investir em saneamento básico, em vacinas, em clínicos gerais, e medicina familiar”, refere Rodrigo Goraieb

Foram 39 dias que fizeram a diferença.

Nos últimos sete meses, já passaram pelo território mais de duas dezenas de profissionais do Instituto Nacional de Emergência Médica.

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2 comentários:

  1. Acho que é de valorizar terem passado "mais de duas dezenas de profissionais do Instituto Nacional de Emergência Médica" por Timor-Leste nestes últimos tempos. Alguém sabe se esteve por aí algum pessoal da Emergência Médica da Austrália? Já percebi que o governo Timorense deu 12 hectares - isso mesmo, 12 hectares! - para uma fundação Australiana aí construir um hospital privado...mas entretanto, médicos, enfermeiros e outro pessoal de saúde, mandaram alguém para trabalhar no terreno? Ou são os esforçados profissionais cubanos que continuam a assegurar o grosso dos cuidados de saúde em Timor-Leste?

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  2. Bem hajam os valorosos profissionais de saúde do INEM, que têm passado por terras timorenses. Este espírito de colaboração de quem tem algo para dar a quem nada tem é muito bonito e espero que continue. Obrigado!

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