Tradução da Margarida.
Centro de Notícias da ONU - 10 Novembro 2006
Quase sete meses depois da violência mortal ter forçado cerca de 155,000 pessoas a fugirem para campos temporários, o funcionário de topo da ONU na pequena nação pediu hoje aos deslocados para regressarem para as suas casas, invocando que a situação de segurança melhorou bastante graças em parte ao maior número de polícias da ONU.
“É importante começarmos a resolver o problema dos campos de deslocados em Dili e nas áreas à volta porque precisamos de trazer um sentimento de normalidade à comunidade de modo a ultrapassar a crise que ocorreu antes,” disse o Representante Especial em exercício para Timor-Leste, Finn Reske-Nielsen, referindo-se à capital Timorense.
“A minha mensagem hoje para todos os deslocados à volta de Dili é que a situação da segurança aumentou significativamente e está a tornar-se seguro regressar a casa. E, de facto, nas últimas semanas vários milhares de deslocados já regressaram às suas casas,” disse aos repórteres numa conferência de imprensa realizada num antigo campo de deslocados mesmo a leste da capital.
A violência, atribuída a diferenças entre as regiões leste e oeste, irrompeu em Abril e Maio depois do despedimento de 600 soldados em greve, um terço das forças armadas, e reclamou pelo menos 37 vidas e tirou 155,000 pessoas, 15 por cento da população total, das suas casas.
O Conselho de Segurança criou a alargada Missão Integrada da ONU em Timor-Leste (UNMIT) em Agosto para ajudar a restaurar a ordem no país que o órgão mundial guiou para a independência da Indonésia há somente quatro anos, e um dos seus aspectos principais é trazer oficiais de polícia da ONU para reconstruir e apoiar a força local.
“Tenho o prazer de os informar que presentemente temos quase 1,000 oficiais de polícia em Dili apoiados por quase 1,000 soldados das forças de segurança internacional,” disse Mr. Reske-Nielsen.
No princípio da semana, visitou um outro campo de deslocados em Dili e disse que estava feliz por ver que a sua população tinha baixado de cerca de 17,000 quando da sua primeira visita em Junho para 3,500.
Tanto quando a melhoria da segurança, uma outra razão para as pessoas deixarem estes campos temporários foi a possibilidade de doenças e de outros riscos para a saúde com a aproximação da estação das chuvas, acrescentou Mr. Reske-Nielsen.
Alertou para uma ameaça à saúde “séria” quando a chuva vier, acrescentando, “é importante que os deslocados que estão nos campos vulneráveis comecem a pensar muito seriamente em voltarem a casa e se não se sentirem seguros então deverão aproveitar a oportunidade de serem recolocados em áreas mais seguras.”
Bem pregou frei Tomás, aliás o Representantes Especial em exercício em Timor-Leste, Mr. Finn Reske-Nielsen… andou a pregar a todos sobre a necessidade e importância de lerem o relatório da Comissão Especial da ONU e contudo autoriza que esta notícia do Centro de Notícias da sua responsabilidade diga esta barbaridade: “A violência atribuída a diferenças entre as regiões do lesle e do oeste”. Ora a primeira conclusão da dita Comissão (e que está na página 91, parágrafo 221 do relatório) é textualmente: “A Comissão é de opinião que os acontecimentos violentos de Abril e Maio de 2006 constituíram mais do que uma série de actos criminosos. Tais acontecimentos reflectem problemas profundamente enraizados inerentes à instituições estatais frágeis e a um débil primado da lei (…)”. Isto é, claramente a Comissão começa por dizer que o que aconteceu foram actos criminosos e não “diferenças entre as regiões”. Actos criminosos, entende Mr. Finn Reske-Nielsen?
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