quarta-feira, novembro 22, 2006
Notícias - traduzidas pela Margarida
UNMIT - Revista dos Media Diários
Terça-feira, 21 Novembro 2006
Relatos dos Media Nacionais
TP - Timor Post
DN - Diario Nacional
STL - Suara Timor Lorosae
RTTL - Radio e Televisão de Timor-Leste
Ramos-Horta: O nome de Timor manchado
O Primeiro-Ministro Ramos-Horta disse que a morte de um Brasileiro por um jovem é um crime sério que pôs uma mancha em Timor-Leste aos olhos do mundo. Sob a violência que continua, Ramos-Horta disse que o governo continuará com o seu programa de ‘simu malu’, e apelou às pessoas para não perderem a esperança e a coragem, e para os jovens se livrarem dos seus objectos cortantes, ódio e deixarem de acusar os líderes de serem os divisionistas. Sublinhou que os líderes, nomeadamente das F-FDTL e da PNTL, reconciliaram-se mas que alguns jovens e grupos de artes marciais ainda não o fizeram. O Primeiro-Ministro disse que as acusações de que alguns líderes estão por detrás desta violência é falsa, apontando para os problemas em Ermera entre o grupo Kolimau 2000 e o grupo de artes marciais, que foram acções dos jovens e não ordenadas por líderes.
O Presidente do Parlamento Nacional, Francisco Guterres “Lu-Olo” disse que o autor do crime contra o cidadão Brasileiro tem de ser detido e processado no tribunal. Guterres é de opinião que processo de paz iniciado pelos jovens deve continuar e que a violência que tem ocorrido é provavelmente provocada por pequenos grupos de pessoas que podem ser identificados com facilidade.
Entretanto, Lu-Olo disse também ter recebido informação de vítimas de violações dos direitos humanos, do hamlet de Gulolo, um sub-distrito de Letefoho, alegadamente acusando a Unidade de Reserva da Polícia (URP) da PNTL das violações. Disse que o caso foi levado à atenção do Vice-Ministro do Interior, do Primeiro-Ministro e dos seus dois Vice-PMs. (STL, TP)
Vice-SRSG Eric Tan Gim: o incidente não está relacionado com as acções de paz
O Vice-SRSG da UNMIT Eric Tan Huck Gim disse aos media na Segunda-feira que os incidentes no Hospital Nacional e no campo Obrigado não estão relacionados com acções de paz iniciadas por jovens.
Sobre o assassinato do cidadão Brasileiro, Tan Huck Gim disse que está em curso uma investigação e que devem ser reforçadas a lei e a ordem e que é importante deter os envolvidos no conflito. Louvou a iniciativa dos jovens em criarem um ambiente pacífico, acrescentando que a iniciativa é importante para o futuro de Timor-Leste e que deve ser continuada.
O Vice-SRSG disse ainda que Timor-Leste ultrapassou o período difícil e que deve preparar-se para as eleições de 2007 e, com base no mandato da ONU, a UNMIT está comprometida em dar apoio para garantir que as eleições sejam justas e livres.
Na mesma ocasião o Comissário da Polícia em exercício, Emir Bilget disse que a UNPOL estabeleceu postos permanentes de polícia nalguns bairros e que estão a operar 24 horas, 7 dias por semana. As áreas que agora têm presença policial estática a começar esta semana são o aeroporto, o porto de mar (operacional somente durante o dia, nas horas de negócios) e Hera.
Bilget disse ainda que em breve serão estabelecidos postos em Fatuhada, Bebonuk, Manleuana, Matadour e Tasi Tolu. Mas ao mesmo tempo que se progride na reconstrução a UNPOL tentará tornar visível a sua presença por meio do patrulhamento. Disse que para aumentar a presença da polícia no Hospital Nacional serão aumentados os números de polícias em Aikadiruhun bem como o número de veículos em patrulhamento.
Entretanto, o coordenador dos jovens pela paz, João da Silva “Choque” disse que a violência não parará se o sector da justiça continuar a ser fraco para acusar os responsáveis por crimes. Da Silva disse que a iniciativa da paz dos jovens deve ser apoiada com segurança e que é tempo da polícia da ONU trabalhar com seriedade na detenção de grupos ou indivíduos que continuam a criar violência. Disse que a acção de paz sozinha não garante um fim da violência, acrescentando que o diálogo comunitário, segurança e justiça devem trabalhar mão na mão para identificar os que criam violência. João da Silva disse que quem cria distúrbios são grupos pequenos e individuos e que por isso a polícia deve agir e que o sistema judicial deve ser forte ou então teremos jovens a cumparem-se uns aos outros sem substância.
De acordo com o Timor Post, foram planeadas mais acções de paz mas as datas não estão ainda confirmadas. O Diario Nacional relatou que a apedrejamento entre jovens de Bidau Massau e Bidau Toko Baro, ou os deslocados no Hospital Nacional, deixaram duas pessoas sériamente feridas. Um total de quatro pessoas ficaram feridas durante a luta. (TP, DN)
Bano: as F-FDTL e a PNTL levarão os deslocados para casa
O Ministro do Trabalho e da Reintegração Comunitária, Arsénio Bano disse que as F-FDTL e a PNTL estariam envolvidos no repatriamento dos deslocados, por isso pediu às comunidades para colaborarem com as duas instituições. Para melhor preparar o programa ‘simu malu’, foi convocado uma primeira reunião na Segunda-feira com a participação de Lino Saldanha, representante da PNTL, Major Koliati, representante das F-FDTL e funcionários do governo do Ministério das Obras Públicas, Ministério do Estado e representantes dos jovens. O Ministro Bano disse que já foram traçados planos e disse que o envolvimento das F-FDTL e da PNTL é sob o aspecto de assistência humanitária para ajudar as comunidades. Bano disse que está agendada uma reunião para 25 de Novembro para 30 membros de cada instituição para ainda grasp o programa para que melhor possam contribuir para o re-alojamento dos deslocados. (DN, TP)
O Presidente trava visita de deputados
Deputados da UDT e do PSD expressaram desapontamento com a atitude do Presidente do Parlamento Nacional ao impedir uma delegação do Parlamento de visitar os deslocados juntamente com os jovens. A decisão da visita foi acordada entre as bancadas dos partidos não não foi implementada. O deputado Alexandre Corte-Real (UDT) disse que o Presidente do Parlamento deve explicar ao público o atraso da visita, acrescentando que o próptio Presidente prometeu enviar uma delegação para visitar os deslocados. O deputado João Gonçalves (PSD) concordou com Corte-Real, dizendo ainda que o Presidente do Parlamento se encontrou com as bancadas dos partidos para organizar uma delegação para a visita. (TP, DN)
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