segunda-feira, novembro 20, 2006

Mostra de mobiliário evidencia virtudes da marcenaria timorense

Díli, 19 Nov (Lusa) - A marcenaria timorense está desde este fim-de-semana à prova em Díli, na primeira mostra de mobiliário doméstico, escolar e de escritório, uma iniciativa que conta com apoios da Cooperação Portuguesa e do município português de Paredes.

A iniciativa, que se prolongará até 10 de Dezembro, pertence à Planalto Baucau Mobiliário (PB Mobiliário), uma empresa timorense propriedade da Diocese de Baucau e a primeira a colocar em exposição a sua carteira de produtos.

Conciliando o intuito comercial com a formação profissional, a empresa prepara a sua internacionalização, na Austrália, disse à Lusa o director-executivo, João Sousa Ferro.

"A nossa luta está em conseguir a gestão equilibrada da actividade profissional com a formação profissional", salientou.

Com um quadro de pessoal de 30 pessoas, entre as quais dois portugueses, a PB Mobiliário beneficiou também no arranque de apoios da cooperação norte-americana (USAid) e do Serviço de Apoio Católico (CRS).

Na área da formação profissional, a empresa tem vindo a garantir estágios trimestrais a alunos das escolas profissionais timorenses, abrindo o quadro aos que mais se destaquem.

Trabalhando com matéria-prima local, madeiras preciosas como a teca, por exemplo, a empresa necessita contudo de recorrer ao mercado da região, sobretudo na vizinha Indonésia, para adquirir produtos transformados, como contraplacado, e materiais indispensáveis, como colas, vernizes e tecidos, inexistentes em Timor-Leste.

O maior apoio veio de Paredes, tendo empresários deste município português enviado já dois contentores com maquinaria para completar o parque de máquinas, e tendo-se já comprometido no envio de um terceiro contentor e de três técnicos para darem formação na montagem e manutenção das máquinas.

Na carteira de encomendas têm já o fornecimento de todo o equipamento, a nível de carpintaria e mobiliário, de uma unidade hoteleira que será inaugurada em 2007 em Díli.

"A prazo, o objectivo é criar competências locais, com responsabilidade a nível da direcção executiva da empresa e dos sectores de 'design' industrial e contabilidade, além da carpintaria e marcenaria", frisou João Sousa Ferro.

O próximo passo é a abertura de uma loja em Baucau, alargando a visibilidade da empresa.

EL-Lusa/Fim
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