terça-feira, novembro 14, 2006

Jovens manifestam-se pela paz nas ruas de Díli

Díli, 13 Nov (Lusa) - Milhares de jovens timorenses percorrem hoje as ruas de Díli gritando palavras de ordem a favor da paz, no que é a primeira iniciativa do género desde o início da crise político-militar em Abril passado.

A manifestação começou com um encontro entre jovens residentes dos bairros de Aimutin, maioritariamente habitado por loromono (Oeste do país), e de Comoro, maioritariamente lorosae (Leste do país).

Moisés Fernandes, residente em Comoro, disse à agência Lusa que a iniciativa era para "celebrar a paz e a reconciliação nacionais", destacando que se tratava de uma iniciativa dos jovens.

EL-Lusa

Continuação:

13-11-2006 2:27:00. Fonte LUSA. Notícia SIR-8507345

Jovens manifestam-se pela paz nas ruas de Díli (REABRE)

Enquadrados por veículos da polícia da ONU (UNPOL), os jovens, a pé, de mota, ou de carro, dividiram-se em várias colunas e têm percorrido diversos bairros da capital, sem que se tenham verificado quaisquer incidentes até ao momento, à excepção de trocas de pedras entre grupos rivais no bairro de Bebonuk, uma das zonas críticas da cidade.

Entre os cartazes que os manifestantes empunham podem ler-se várias inscrições, mas todas com o mesmo denominador comum: "Dame" (palavra de tétum que em português significa "Paz"), e os apelos à unidade e reconciliação completam o teor das inscrições.

Questionados pela Lusa sobre quem está a organizar a manifestação a resposta é só uma: "somos nós, os jovens".

Os manifestantes alegam estarem a comemorar o '12 de Novembro', designação pela qual ficou conhecido o massacre ocorrido fez este domingo 15 anos no cemitério de Santa Cruz, perpetrado pelo ocupante indonésio, em que morreram 271 pessoas, 382 ficaram feridas e outras 250 estão ainda dadas como desaparecidas.

As comemorações de domingo foram marcadas por uma muito fraca afluência de pessoas, tendo a crise que o país está a atravessar sido a razão apresentada pelos organizadores para justificar a ausência, quer de populares quer dos convidados oficiais.

EL-Lusa/Fim

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