Correio da Manhã - 2006-11-09 - 15:27:00
O ex-primeiro-ministro de Timor-Leste, Mari Alkatiri, admitiu candidatar-se às eleições legislativas do próximo ano, sublinhando, todavia, que a última palavra caberá à FRETILIN, partido que lidera.
"Nunca me candidatei a primeiro-ministro", afirmou Alkatiri pouco depois de chegar a Lisboa para realizar exames médicos, adiantando que foi nomeado para a chefia do governo pela FRETILIN depois deste partido ter sido o mais votado nas eleições de 2001.
O Secretário-geral da FRETILIN demitiu-se a 16 de Junho deste ano, na sequência da crise político-militar que afectou o país. Alkatiri defende ter sido o resultado de "um golpe de Estado que não foi concluído" e que "a FRETILIN evitou uma guerra civil", ao aceitar que abandonasse a chefia do governo.
Relativamente ao facto de ter sido constituído arguido num processo sob alegado envolvimento na distribuição de armas a civis, Alkatiri afirmou-se totalmente disponível para colaborar com a Justiça escusando-se, contudo, a tecer mais comentários sobre o assunto.
Num relatório divulgado a 17 de Outubro, uma comissão de investigação da ONU indicou não ter encontrado provas sobre o alegado envolvimento do ex-governante, muito embora tenha recomendado uma investigação adicional para determinar se este deve ser responsabilizado criminalmente sobre a questão.
VICE-MINISTRA DA JUSTIÇA PEDIU A DEMISSÃO
Isabel Ferreira, vice-ministra da Justiça de Timor-Leste, pediu a demissão do cargo, depois de ter sido empossada há cerca de três meses.
Segundo a edição de hoje do 'Timor Post', que se publica em Díli, a demissão de Isabel Ferreira foi requerida pelo Presidente da República, Xanana Gusmão, ao primeiro-ministro. A razão invocada pelo chefe de Estado foi, adianta o diário, a incompatibilidade da continuidade de Isabel Ferreira no governo e na Comissão Verdade e Amizade (CVA), órgão criado conjuntamente por Timor-Leste e pela Indonésia em 2005, para apurar a verdade material dos crimes ocorridos em 1999, na sequência da saída indonésia.
O jornal escreve ainda que, Isabel Ferreira disse ter aceite o convite para integrar o II Governo Constitucional na condição de continuar a trabalhar na CVA, o que teria sido aceite na altura pelo Presidente e pelo primeiro-ministro.
.
"a demissão de Isabel Ferreira foi requerida pelo Presidente da República, Xanana Gusmão"
ResponderEliminarA ser verdade o que Isabel Ferreira diz, Xanana Gusmão virou o bico ao prego. Porque será?
Demissao ou espulso pelo PR ?
ResponderEliminarHa, ha, ha, de facro Isabel e'um prego no sapato do Xanana.
ResponderEliminar